Património


Caras e caros Associados,

Pelo seu interesse, estamos a divulgar uma iniciativa do nosso associado Rodrigo Dias:

«Caros amigos e associados da EMACO 

A Associação dos Amigos do Jardim Botânico da Ajuda vai realizar no próximo sábado 16 de Dezembro um dia pelas Quintas de Recreio e pelas Paisagens de Sintra,  com Almoço a celebrar o Natal numa Quinta de Família, dos Monjardino.

 “A Quinta do Pé da Serra” tem um ambiente genuíno de uma Quinta Secular com alguns apontamentos inéditos da arte dos jardins.

No final contamos com um pequeno concerto de flauta e violino por jovens intérpretes da OCP Orquestra de Câmara Portuguesa. 

Haverá ainda da parte da manhã uma visita guiada ao Museu de Odrinhas e à  Exposição “Onde o Sol se Apaga no Oceano- o Santuário mais Ocidental do Imperio Romano”.

Consulte o programa mais detalhado em https://aajba.com/o-misterio-do-santuario-do-alto-da-vigia/.

Há duas modalidades de participação 

– Todo o Programa do Dia, incluindo visita a Exposição no Museu Arqueológico de Odrinhas ( com acompanhamento em autocarro). 80€

– Só almoço na Quinta do Pé da Serra e pequeno concerto com músicos da OCP, (acesso em carro próprio).35€

Para mais informação sobre a “Quinta Do Pé da Serra e a Família dos Monjardinos”, ver artigo na revista JARDINS de Dezembro-Janeiro.

CONTACTOS: https://aajba.com/contactos/

Um Abraço 

Rodrigo Dias 

Sócio da EMACO 

Vice-Presidente da AAJBA»

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Dando seguimento a esta nossa habitual iniciativa que, em 2023, decorre no Outono por inesperadas razões que nos impediram de a realizarmos no Verão, e que, também como habitualmente, conta com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, estamos a divulgar a programação prevista e, como sempre, contamos com a presença interessada e participativa dos nossos associados.

Local: o Salão Nobre do Palácio do Marquês do Pombal, nos dias e horas abaixo indicados.

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Conforme anunciado, decorreu esta iniciativa participada pela Espaço e Memória, na Casa de Goa, em Lisboa.

Joaquim Rodrigues dos Santos – «Arquitectura Goesa – Novas Perspectivas»

Jorge Castro – «Goa é um Poema»

Grupo SURYACantares de Goa

Joaquim Boiça – «O Baluarte do Livramento e a Memória de Lisboa Abaluartada»

Aqui ficam algumas imagens:

  • Fotografias da autoria de Lourdes Calmeiro e de Jorge Castro.
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Graças à oferta generosa de Fernando Lopes, a nossa sede ficará enriquecida com as duas imagens do património oeirense, que mostramos a seguir, imagens datadas da década de 50 do século passado.

As imagens originais, muito perturbadas pelo passar do tempo, foram excelentemente recuperadas pela empresa Maribel, de Oeiras.

Forte de São Lourenço da Cabeça Seca – Farol do Bugio

Fortaleza de São Julião da Barra

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Inicialmente publicado no «Duas Linhas» e com a autorização do autor, apresentamos este texto do Professor José d’Encarnação, com um tema muito ligado à nossa recente viagem a Mértola e que, decerto, será do vosso agrado.

OS ROMANOS ENTRE NÓS

Há sempre uma surpresa ali à esquina

Impressionou-me – e já várias vezes o referi – a resposta que mui conceituado investigador me deu, quando dele me abeirei a solicitar sugestões para o estudo dos vestígios romanos em Cascais. Era eu um jovem universitário que, nesse ano lectivo de 1965-1966, ousara pensar na hipótese de fazer um trabalho prático para a cadeira de Arqueologia, uma síntese do que então se conhecia acerca do que os Romanos haviam deixado no território cascalense.

            – Mas sobre a arqueologia em Cascais está já tudo feito, menino!

Não afianço ter sido essa a frase e creio que ‘menino’ não era, não, termo que o senhor utilizasse. Fiquei ciente.

E dessa reunião na Pastelaria Versailles saí, como sói dizer-se, com o rabinho entre as pernas, desconsolado em parte, renitente, por outro lado, nessa vontade de ser teimoso. Fui. O meu professor também aceitou o repto e, afinal, lá consegui demonstrar que não, que havia ainda algo a descobrir.

Quando, no passado dia 12 deste mês de Maio do ano da graça de 2023, estive no Museu de Mértola, tanto eu como o catedrático com quem trabalhei na Universidade de Coimbra olhámos um para o outro e confessámos: «Há 30 anos, quem diria que ainda tanto havia para descobrir!…».

Mértola

E a confissão surgira já no dia anterior quando a doutora Inês Vaz Pinto mostrou o que encontrara em Tróia: uma sepultura romana com nichos laterais ocupados por oferendas ainda intactas! Quem o diria, após tantos anos de trabalhos arqueológicos neste que é um dos sítios arqueológicos há séculos conhecidos e estudados! Uma sepultura intacta e com essas características! «Inês», dissemos-lhe, «publica já essa maravilha!».

Maravilha outra foi a que se encontrou em Mértola. Já se deu a conhecer há tempos na Comunicação Social, mas nunca será de mais recordar que, assim aquase por desfastio, o pessoal do Campo Arqueológico de Mértola aceitou ir fazer sondagens de emergência numa casa que ia ser intervencionada. Nada de novo ali se encontraria, decerto, que muito já em Mértola se descobrira.

E o inesperado aconteceu: num buraco, há que séculos haviam escondido estátuas romanas?! Cortaram-lhes as cabeças, como era da praxe, partiram-lhes as pernas, não fossem elas ainda ganharem alma e fugirem, e botaram-nas prá cova!

De olhos esbugalhados, os arqueólogos nem queriam acreditar! E, na verdade, não havia motivo para menos!

Delas se apresenta aqui a imagem de uma, a mais vistosa, seguramente representando o imperador Augusto, o primeiro imperador romano, em seu faustoso traje militar! Tinha-se uma ideia de que imperador era imperador e gostava de se engalanar. Já tal se vira noutras representações. Mas vê-lo agora ressurgir aqui, assim, de farda cheia de baixos-relevos, qual general de agora de peito a impar de condecorações, era… milagre!

Por enquanto, ainda nem se ousou tocar-lhe, que só com todo o cuidado e muita sabedoria se há-de retirar a pátina de que se reveste o mármore de Estremoz / Vila Viçosa tantos séculos enterrado! Contudo, quando essa e as outras estátuas forem levantadas e, em glória, mostradas ao público, então se verá melhor o seu esplendor!

Se amiúde se recomenda «Nunca digas desta água não beberei!», também nas lides arqueológicas cada vez mais estamos conscientes de que jamais está tudo posto a descoberto!

  • José d’Encarnação
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