Património


Graças à oferta generosa de Fernando Lopes, a nossa sede ficará enriquecida com as duas imagens do património oeirense, que mostramos a seguir, imagens datadas da década de 50 do século passado.

As imagens originais, muito perturbadas pelo passar do tempo, foram excelentemente recuperadas pela empresa Maribel, de Oeiras.

Forte de São Lourenço da Cabeça Seca – Farol do Bugio

Fortaleza de São Julião da Barra

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Inicialmente publicado no «Duas Linhas» e com a autorização do autor, apresentamos este texto do Professor José d’Encarnação, com um tema muito ligado à nossa recente viagem a Mértola e que, decerto, será do vosso agrado.

OS ROMANOS ENTRE NÓS

Há sempre uma surpresa ali à esquina

Impressionou-me – e já várias vezes o referi – a resposta que mui conceituado investigador me deu, quando dele me abeirei a solicitar sugestões para o estudo dos vestígios romanos em Cascais. Era eu um jovem universitário que, nesse ano lectivo de 1965-1966, ousara pensar na hipótese de fazer um trabalho prático para a cadeira de Arqueologia, uma síntese do que então se conhecia acerca do que os Romanos haviam deixado no território cascalense.

            – Mas sobre a arqueologia em Cascais está já tudo feito, menino!

Não afianço ter sido essa a frase e creio que ‘menino’ não era, não, termo que o senhor utilizasse. Fiquei ciente.

E dessa reunião na Pastelaria Versailles saí, como sói dizer-se, com o rabinho entre as pernas, desconsolado em parte, renitente, por outro lado, nessa vontade de ser teimoso. Fui. O meu professor também aceitou o repto e, afinal, lá consegui demonstrar que não, que havia ainda algo a descobrir.

Quando, no passado dia 12 deste mês de Maio do ano da graça de 2023, estive no Museu de Mértola, tanto eu como o catedrático com quem trabalhei na Universidade de Coimbra olhámos um para o outro e confessámos: «Há 30 anos, quem diria que ainda tanto havia para descobrir!…».

Mértola

E a confissão surgira já no dia anterior quando a doutora Inês Vaz Pinto mostrou o que encontrara em Tróia: uma sepultura romana com nichos laterais ocupados por oferendas ainda intactas! Quem o diria, após tantos anos de trabalhos arqueológicos neste que é um dos sítios arqueológicos há séculos conhecidos e estudados! Uma sepultura intacta e com essas características! «Inês», dissemos-lhe, «publica já essa maravilha!».

Maravilha outra foi a que se encontrou em Mértola. Já se deu a conhecer há tempos na Comunicação Social, mas nunca será de mais recordar que, assim aquase por desfastio, o pessoal do Campo Arqueológico de Mértola aceitou ir fazer sondagens de emergência numa casa que ia ser intervencionada. Nada de novo ali se encontraria, decerto, que muito já em Mértola se descobrira.

E o inesperado aconteceu: num buraco, há que séculos haviam escondido estátuas romanas?! Cortaram-lhes as cabeças, como era da praxe, partiram-lhes as pernas, não fossem elas ainda ganharem alma e fugirem, e botaram-nas prá cova!

De olhos esbugalhados, os arqueólogos nem queriam acreditar! E, na verdade, não havia motivo para menos!

Delas se apresenta aqui a imagem de uma, a mais vistosa, seguramente representando o imperador Augusto, o primeiro imperador romano, em seu faustoso traje militar! Tinha-se uma ideia de que imperador era imperador e gostava de se engalanar. Já tal se vira noutras representações. Mas vê-lo agora ressurgir aqui, assim, de farda cheia de baixos-relevos, qual general de agora de peito a impar de condecorações, era… milagre!

Por enquanto, ainda nem se ousou tocar-lhe, que só com todo o cuidado e muita sabedoria se há-de retirar a pátina de que se reveste o mármore de Estremoz / Vila Viçosa tantos séculos enterrado! Contudo, quando essa e as outras estátuas forem levantadas e, em glória, mostradas ao público, então se verá melhor o seu esplendor!

Se amiúde se recomenda «Nunca digas desta água não beberei!», também nas lides arqueológicas cada vez mais estamos conscientes de que jamais está tudo posto a descoberto!

  • José d’Encarnação
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Pelas mãos de Alexandra Fernandes, da Câmara Municipal de Oeiras, e de Virgílio Reis, pela Associação Cultural da Lage, calcorreámos alguns dos trilhos saloios de Oeiras, num excelente passeio que nos foi proporcionado pelos nossos anfitriões, ao longo da Lage, afinal aqui tão perto…

Ficam algumas imagens e a sugestão de, a curto prazo, realizarmos nova visita e passeio no âmbito da nossa Associação, para ver o tanto que há para ver, ao alcance da mão.

  • Fotografias da autoria de Jorge Castro.
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Estamos a divulgar um conjunto de visitas promovidas e organizadas pela Câmara Municipal de Oeiras para o mês de Maio e para as quais estão reservadas 20 inscrições por visita para os associados da Espaço e Memória:

13 maio

15h – Centro Cultural da Laje – Laje  | _Pelos trilhos saloios de Oeiras_ – a ribeira da Laje | Pela AC da Laje – Virgílio Reis | M/12;

16 maio

11h  – Jardim frente Centro Belmar da Costa | Nova Oeiras | _O Bairro de Nova Oeiras e a arquitetura Modernista_. Visita guiada por José Manuel

Fernandes (AMBNO) e Joana Sousa Martins (CMO) | M/12

20 maio  

15h – Jardins e Palácio Marquês de Pombal  | _Os Jardins do Palácio Marquês de Pombal_ | Visita guiada pela Timetravellers  | M/12;

Assim, pede-se aos eventuais interessados que façam, com a brevidade possível, as suas inscrições através do nosso correio geral@espacoememoria.org

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Conforme se pode apurar no podcast inserido pela Câmara Municipal de Oeiras (https://www.youtube.com/watch?v=1BU85ZdFEy8)

«Este é o seu podcast sobre as vivências e a identidade de Oeiras! O dever de não esquecer é extensível a todo o legado histórico – o trabalho da memória. afirmou o filósofo francês Paul Ricoeur. Partindo duma conversa com memórias e sobre as vivências de Oeiras, pretende-se abordar espaços do nosso património, imaginário coletivo, efemérides e personalidades marcantes que, no seu conjunto, concorrem para a construção da identidade de Oeiras.

Faça parte desta conversa e siga-nos nesta Conversa desfiada!

O primeiro convidado do Conversa Desfiada é o historiador Joaquim Boiça, presidente da Associação Cultural de Oeiras – Espaço e Memória. Uma conversa que percorre desde as suas origens, vem duma “genealogia” de faroleiros, um dos temas do seu agrado como investigador, aos muitos projectos a que se tem vindo a dedicar, onde destacamos o caso de Mértola, a Vila-Museu localizada no Alentejo, e de Oeiras, onde há vários anos desenvolve projectos em torno de temas como as fortificações marítimas e os faróis. Mas muitas outras curiosidades serão desfiadas nesta agradável conversa.»

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