Muito para além das costumeiras boas festas – que, evidentemente, também desejamos a todos – fazemos questão de alargar estes votos que aqui vos dirigimos à boa saúde e à alegria de viver que deve presidir nas nossas vidas, onde cada Natal representará, no sentir de cada um, o constante retorno e a porta de entrada para o novo ciclo que lá vem.
Inverno, Primavera, Verão, Outono… quantas vezes os vivemos, quantas marcas nos deixaram, quantas expectativas surgem no dealbar de cada dia.
Dizia-nos Ary dos Santos:
(…) Natal é em Dezembro mas em Maio pode ser Natal é em Setembro é quando um homem quiser Natal é quando nasce uma vida a amanhecer Natal é sempre o fruto que há no ventre da mulher (…)
Ou David Mourão-Ferreira:
Natal, e não Dezembro
Entremos, apressados, friorentos, numa gruta, no bojo de um navio, num presépio, num prédio, num presídio, no prédio que amanhã for demolido… Entremos, inseguros, mas entremos. Entremos, e depressa, em qualquer sítio, porque esta noite chama-se Dezembro, porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos, duzentos mil, doze milhões de nada. Procuremos o rastro de uma casa, a cave, a gruta, o sulco de uma nave… Entremos, despojados, mas entremos. Das mãos dadas talvez o fogo nasça, talvez seja Natal e não Dezembro, talvez universal a consoada.
Para todos e cada um, então, o nosso abraço fraterno e para além das crenças individuais – mas também com elas –, aqui vos deixamos os nossos votos de um Feliz Natal e de um auspicioso Ano Novo… e que sintamos universal a consoada.
Pelo seu interesse, estamos a divulgar uma iniciativa do nosso associado Rodrigo Dias:
«Caros amigos e associados da EMACO
A Associação dos Amigos do Jardim Botânico da Ajuda vai realizar no próximo sábado 16 de Dezembro um dia pelas Quintas de Recreio e pelas Paisagens de Sintra, com Almoço a celebrar o Natal numa Quinta de Família, dos Monjardino.
“A Quinta do Pé da Serra” tem um ambiente genuíno de uma Quinta Secular com alguns apontamentos inéditos da arte dos jardins.
No final contamos com um pequeno concerto de flauta e violino por jovens intérpretes da OCP Orquestra de Câmara Portuguesa.
Haverá ainda da parte da manhã uma visita guiada ao Museu de Odrinhas e à Exposição “Onde o Sol se Apaga no Oceano- o Santuário mais Ocidental do Imperio Romano”.
A 4ª edição da Conversa Desfiada, uma iniciativa da Câmara Municipal de Oeiras, contou com a «nossa» Fátima Rombouts de Barros. E extrai-se, da divulgação efectuada pela autarquia o seguinte:
«Este é o seu podcast sobre as vivências e a identidade de Oeiras! O dever de não esquecer é extensível a todo o legado histórico – o trabalho da memória. afirmou o filósofo francês Paul Ricoeur.
Partindo duma conversa com memórias e sobre as vivências de Oeiras, pretende-se abordar espaços do nosso património, imaginário coletivo, efemérides e personalidades marcantes que, no seu conjunto, concorrem para a construção da identidade de Oeiras.
Faça parte desta conversa e siga-nos nesta Conversa desfiada! A quarta convidada do Conversa Desfiada é Fátima Barros. Discreta, e sem alarde, tem-nos revelado importantes factos e episódios da história e do património de Oeiras, particularmente sobre os fortes e os faróis, bem como sobre a Quinta do Marquês de Pombal, numa parceria familiar e profissional com Joaquim Boiça (o nosso primeiro convidado, recordados?) – falamos da Historiadora de Arte M.ª de Fátima Rombouts de Barros. Uma conversa onde poderá ficar a conhecer os meandros da investigação, dúvidas e desafios na busca da verdade histórica.»
27-11-2025 - O Palácio Nacional de Queluz recebe Francisca Branco Veiga e José Manuel Subtil para o lançamento do livro Nossa Senhora da Rocha e a Companhia de Jesus: Política, Devoção e Tradição (1822–1834).
A obra apresenta uma análise aprofundada das complexas tensões políticas e religiosas que marcaram Portugal no início do século XIX. No primeiro capítulo, o Doutor José Manuel Subtil contextualiza essas crises, desde as invasões francesas até às regências e revoluções que moldaram o panorama político da época. Já nos segundo e terceiro capítulos, da autoria da Doutora Francisca Branco Veiga, é explorado o papel central do culto mariano de Nossa Senhora da Rocha, evidenciando-o como símbolo de poder político e espiritual, associado ao miguelismo e à influência da Companhia de Jesus.
Baseado em documentação inédita, este livro convida o leitor a revisitar um período crucial da história portuguesa, revelando como fé, política e tradição se entrelaçaram durante o reinado de D. Miguel. A devoção a Nossa Senhora da Rocha surge, assim, como expressão de resistência e afirmação da identidade nacional, com ecos que perduram até aos nossos dias.
A sessão contará com a abertura e boas-vindas do Doutor António Nunes Pereira, Diretor dos Palácios de Sintra, e com a participação dos autores, a Doutora Francisca Branco Veiga e o Doutor José Manuel Subtil.
29-11-2025 - Da nossa associada Ana Teixeira Gaspar recebemos a seguinte sugestão:
«No próximo dia 29 pelas 15.30 horas na Biblioteca Municipal de Alenquer vou lançar um livro com o apoio da Alenculta - associação cultural do concelho de Alenquer, da qual sou igualmente associada.»
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