Posted By on Ago 31, 2010

Reacções às nossas actividades – visita guiada ao Farol do Bugio

EMACO


Reacções às nossas actividades – visita guiada ao Farol do Bugio

  • Publicada por José António Lourenço Martins Baptista, em http://espacoememoria.blogspot.pt/2010/08/ 

Forte e Farol de Bugio, Oeiras

Qualquer entidade responsável pela organização de eventos sente-se agradada quando os mesmos tocam os participantes com tal intensidade e profundidade que provocam reacções positivas da parte destes, que se manifestam de diversas formas.

Como Associação organizadora de eventos culturais, não estamos isentos desse sentir, como acontece no caso que relatamos, de reacções muito agradáveis à Visita Guiada ao Forte e Farol de Bugio por nós realizada em 31-07-2010.

Vejamos algumas reacções de que tomámos conhecimento, que se são para nós motivo de orgulho, são sobretudo um incentivo a progredir e, indubitavelmente, um acréscimo de responsabilidades.

No Facebook, poucos dias após a Visita, criado por Manuel Costa, que participou nesta última Visita, nasceu um grupo designado Farol do Bugio, que conta presentemente com 185 membros, com muitas fotografias, depoimentos, sugestões e opiniões de participantes.

No descritivo do grupo lemos:

Farol do Bugio

Ou também o Forte de São Lourenço da Cabeça Seca como era originalmente conhecido.

Começado a erigir no sec XVI, está agora num vácuo em que nao há nenhuma organizaçao governamental que assuma responsabilidade pela sua manutençao.

Um grupo de pesoas interessadas, lideradas pelo Joaquim Boiça, tenta resolver esta situacao inaceitável com uma única visita anual para despertar o interesse e o apoio da populaçao.

Espera-se que esse interesse seja eventualmente, mas em breve!, acompanhado por um apoio financeiro da parte do governo ou dalguma instituiçao nao governamental.

A VI visita ocorreu com grande sucesso a 31 de Julho de 2010, com cerca de 300 participantes e muitos mais que ficaram na lista de espera.

Juntem as vossa fotos da visita de 2010 ou de outras anteriores.

Podem tambem comentar sobre a visita ou sobre a esplendida apresentacao do Joaquim Boiça.

Os detalhes sobre o Farol e o seu passado podem tambem ser acrescentados! O Joaquim Boiça é encorajado a partilhar aqui uma parte do seu conhecimento profundo da historia do Forte.

Ontem fomos informados por uma amiga que o sítio internet Café Portugal – prazeres de viagem e de passeio tinha publicado um artigo mencionando também a nossa Visita.

Nele lemos:

Oeiras – Associação sugere museu e visitas guiadas para recuperar farol do Bugio

A Associação Espaço e Memória, Oeiras, sugere a criação de um museu e a organização de visitas guiadas no verão ao «degradado» farol do Bugio, para recuperar e a aproveitar aquele espaço com mais de 400 anos de história. Numa visita guiada ao Bugio, organizada pela associação mediante autorização da Direcção-geral de Faróis (DGF), é possível ver brechas na estrutura, antigos instrumentos ferrugentos e esquecidos, e entulho acumulado naquilo que eram, antigamente, as casas dos faroleiros e na capela do Farol.

Café Portugal | segunda-feira, 30 de Agosto de 2010

«O que justifica a existência do Bugio não está lá como demonstrativo a quem o visite, porque enquanto espaço de fortificação é preciso puxar muito pela imaginação para compreender o que se lá passava, e enquanto farol já não tem faroleiros, nem está lá o que fazia parte do seu quotidiano: as casas, os geradores, as comunicações», descreveu o presidente da Associação Espaço e Memória, Joaquim Boiça.

É neste sentido que esta associação organiza as viagens ao Bugio: para que «o que está longe da vista não esteja longe do coração».

«É uma tentativa de sensibilização: é necessário intervir para que o estado de degradação não se acentue. Mas também é necessário intervir para dar àquele espaço as condições minimamente dignas para que o próprio seja ilustrador da memória do que foi», disse Joaquim Boiça.

Filho, neto e bisneto de faroleiros, Joaquim Boiça acredita que o Bugio «poderia ser, com a boa vontade de algumas instituições [o espaço é gerido pela DGF e pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico – IGESPAR], um dos espaços mais emblemáticos para visitar na cidade de Lisboa».

A associação acredita que «nos meses de primavera e verão seria possível organizar visitas – com o alto patrocínio da DGF – de modo a dinamizar aquele espaço, dar a conhecer e preservar a parte das memórias que ainda lá estão, sobretudo na zona da capela».

Além disso, Joaquim Boiça defende que seria «interessante» criar «uma museografia diferente para aquele espaço, pensada para acolher exposições sazonais».

No entanto, o historiador lembra que, há 10 anos, quando aquele farol foi alvo de obras de recuperação pela última vez, «o processo foi complicado».

«Foi necessário sentar à mesa cerca de 20 instituições para recuperar o farol, que ameaçava ruir. Isto diz muito da nossa burocracia. E depois temos a questão financeira: há por aí tanto património por recuperar», lamentou o presidente da Associação Espaço e Memória.

Joaquim Boiça afirma que, no entanto, tem sido «abordado por muitos visitantes do Bugio que depois de confrontados com a realidade do farol sugerem a criação de uma Liga de Amigos do Bugio, para o valorizar e divulgar». 

«A recuperação de património envolve processos complicados, mas às vezes nasce assim, da iniciativa das pessoas», disse.

Pensado e construído para defender a entrada de Lisboa, o Forte do Bugio ficou concluído em 1657, depois de quase 70 anos de obras de construção. Desde cedo começa a servir também de farol, albergando faroleiros até ao final da década de 1980.

 

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