Posted By on Mar 29, 2020

Quarentena Assintomática – VI

EMACO


Quarentena Assintomática – VI

Autora: Ana Gaspar

Olá! Eu sou a Ana Maria Gaspar, vivo em Oeiras, mas nesta altura fugi de Oeiras. Tenho uma casa numa aldeia no sopé da serra de Montejunto e resolvi vir para cá. Além de ter aqui a viver a família chegada, estou muito menos presa do que se estivesse em Oeiras. Aqui da minha janela vejo a serra de Montejunto e um terreno grande livre de casas e de gente onde os meus olhos não se sentem tão presos como se estivesse no apartamento de Oeiras. Lamento, queridos amigos oeirenses.

Estou em teletrabalho e vou uma vez por semana ao meu serviço em Lisboa. Fizemos uma escala de trabalho onde cada um de nós se desloca apenas uma vez por semana. A mim calhou-me a segunda-feira.

Teria tempo para limpar as flores de ervas daninhas e até de semear e plantar flores, legumes e o mais que fosse, não fora um problema nas articulações do joelho direito que me impede de andar durante algum tempo sem que tenha dores. Até já tinha marcado uma infiltração no joelho numa clínica da CUF que, compreensivelmente, desmarcou e voltou a desmarcar o acto clínico.

Poderia estar melhor, mas há coisas bem piores.

Agora bom, bom é saber que no piso de baixo tenho a família que me pode apoiar e também que o meu cão, o Caramelo, de quase 8 meses se porta agora muito melhor, apesar de continuar a fazer as traquinices próprias de um jovem animal. Agora tem a dona só para ele durante todo o dia e parece outro cão, menos irrequieto e sem necessidade de fazer disparates para chamar a minha atenção, sempre que chegava a casa depois de tantas horas sozinho.

Por isso, posso dizer-vos que estou a apreciar esta nova situação e, posso dizer-vos, que nunca falei/escrevi tanto a tanta gente para saber como cada um está. E todos estão bem, o que é formidável. Espero que vocês também.

Um grande abraço e até um destes dias.

Ana

PS – E faço a proposta à EMACO para – quando for possível – virmos visitar o que resta da Real Fábrica de Gelo, criada por alvará de D. José, precisamente na serra de Montejunto e que abastecia a corte e a cidade de Lisboa.

Ana Gaspar, em 29-03-2020

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.