Posted By on Abr 6, 2020

Quarentena Assintomática – XI

EMACO


Quarentena Assintomática – XI

Autor: Eduardo Martins

CORONA VIRUS

A CORONA DA MÃE, E O CORONALHO DO PAI

O revolucionário que com voz de quem tudo come,

bramava: “DE PÉ Ó VÍTIMAS DA FOME!”,

agora grita para nós: “ENCLAUSURADOS DO VIRUS!

 NÃO PONHAM O PÉ LÁ FORA!

NEM AO BICHO DÊEM TIROS!”

Muito pouco então nos resta

senão fingir que “hoje cá em casa há festa!”

nem que seja do “Pijama”,

ou até mesmo do “Roupão”…

seja roncando na cama,

ou arrastando o pé no chão…

Ou vendo a CMTV,

 que repete imensas desgraças, e as revê…

embora esteja a perder o primeiro lugar… o quê???!!!

Sim! A concorrência “Feicebuqueira”

tem arranjado maneira,

de nos animar, não nos contando misérias,

mas mostrando umas pilhérias,

disparatadas Q.B.

para levantar o moral desta vida de clausura, já se vê…

 Termino esta intervenção “Coronária”, citando o Raul Solnado,

ultimamente muito glosado,

às vezes com alguns matizes:

“Se conseguirem… façam favor de ser felizes…”

Eduardo Martins – Carcavelos, 24 de Março de 2020

CORONA RAP

O Corona anda numa fona,

a dar-nos cabo da mona,

e do resto dos corpinhos,

seja em grupo ou sozinhos!

Parece que veio da China e dum morcego,

e não nos deixa em sossego!

Mas há quem diga que veio doutros lados,

ali duns norte americanos unidos estados…

e que se espalhou de uma forma total,

fosse por acaso ou fosse intencional”!

As teorias conspirativas,

são muito imaginativas!

Eu agora junto a derradeira,

e esta é que é de facto verdadeira!

Foi o Fleming! Não o da penicilina,

mas o Ian! Que não tinha nada a ver com medicina,

mas criou o Bond, James Bond,

e está agora, sabe-se lá por onde,

a inventar mais uns agentes do mal,

que criaram um coronavírus fatal,

para darem cabo da população mundial toda!

E para este seres maléficos, o resto que se …

Eduardo Martins – Carcavelos, 26 de Março de 2020

POEMA QUASE ERÓTICO,

(OU SIMPLESMENTE VIRÓTICO?)

Eu andava numa fona,

e nunca mais vinha à tona

a rima que eu queria…

para rimar com CORONA…

À mente só me surgia

aquela da Margarida que ia à fonte

com sapatinhos de lona,

mas que escorregou, partiu a bilha,

e espetou os cacos na testa…

Claro que ainda não foi desta

que a pobre da Margarida,

embora estando ferida,

e alegadamente infectada,

 chegou a ser internada…

nem chegou a ser testada,

e nem sequer foi fadada

para poder ser tratada…

E a rima tão procurada,

nos entrefolhos da mente,

não se sente nem pressente…

ter vontade de subir…

De subir ou de se vir?

De ser vír…us, ou  re…virus…alho?

Quero rimar com… tele trabalho…

Borrifo-me com algum orvalho…

Como bacalhau com alho…

Sinto-me às vezes paspalho…

E eu já estou muito alarmado…

não sei se fico confinado,

e acabo já com o poema,

ou contrariando o decretado,

vou por aí desorientado,

buscando a porta de um talho

para pendurar lá o tema…

Por muito que se imaginasse,

que se pensasse, ponderasse,

desejasse, avaliasse,

avançasse, recuasse,

por muito que eu me desinfectasse,

por muito que eu continuasse

e nunca mais lá chegasse

por fim, disse COVIDASSE!

FINDASSE!!!

Eduardo Martins – Carcavelos, 1 de Abril de 2020

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