Vamos dar início aos nossos TEMAS E DEBATES NA CASA DA MALTA, que decorrerão no Auditório da nossa sede, na terceira terça-feira de cada mês, pelas 18 horas, com entrada livre.
Esta primeira sessão, que ocorrerá no dia 17 de Maio, contará com a presença de Margarida Farrajota que nos falará sobre A Chegada e a Memória da Presença Portuguesa no Japão.
Legenda da imagem: Carraca portuguesa no porto de Nagasaki (Biombo Namban – Kano-Naizen, 1570-1616)
Seguir-se-á um debate sob coordenação de Joaquim Boiça e José Meco, que propõem como tema:
A Preservação, Valorização e Conhecimento da Memória Portuguesa no Mundo.
Pelo seu elevado interesse, antecipamos desde já a divulgação desta Exposição, ainda que esteja nas previsões da Espaço e Memória promover uma visita guiada à mesma, a breve trecho e que anunciaremos oportunamente:
Em 2019, a Memoshoah Luxemburgo convidou a equipa responsável por Vilar Formoso, Fronteira da Paz, Memorial aos Refugiados e ao Cônsul Aristides de Sousa Mendes a fazer uma exposição no Luxemburgo, no âmbito da Presidência luxemburguesa do IHRA (International Holocaust Rememberence Alliance). A exposição, com curadoria de Margarida de Magalhães Ramalho e Claude Marx, teve lugar, entre Fevereiro e Setembro de 2020, no Centre Culturel de Rencontre Abbaye de Neumünster na cidade do Luxemburgo. Este ano, por ocasião da visita oficial a Portugal do casal Grã-ducal quis a Embaixada do Luxemburgo, em Lisboa, apresentar em Cascais esta exposição. A escolha desta vila e deste espaço prendeu-se com o facto de ter sido na Casa de Santa Maria, fronteira ao Palácio da Cidadela que, no início do seu exílio em 1940, a Grã duquesa Charlotte e a sua família viveram durante alguns meses. Com o título, Portugal e Luxemburgo, países de esperança em tempos difíceis a exposição fala do papel de Portugal durante a II Guerra Mundial como porto de abrigo de refugiados luxemburgueses e de como o Luxemburgo, décadas mais tarde, se tornou o destino de muitos portugueses que fugiam da ditadura e/ou da miséria. A exposição está subdividida em vários temas relativos ao conflito mundial que vão desde as razões da ascensão do nazismo e o desencadear da guerra na Europa até ao destino dos que fugiam. Pelo meio relata as dificuldades encontradas pelos refugiados na sua rota de fuga, o papel de Aristides de Sousa Mendes no salvamento de milhares de pessoas, histórias dos que tiveram de se esconder em território inimigo e relembra o nome dos cerca de 900 judeus deportados a partir do Luxemburgo. Fala-se também de Portugal e da sua política de neutralidade, da passagem de milhares de refugiados por terras lusas, da estada da família Grã-ducal por Cascais, e do seu regresso no final da guerra. È ainda, através de uma caixa de luz com as fotografias de cerca de 80 dos 300 passageiros de um comboio de refugiados provenientes do Luxemburgo que não foi autorizado a entrar em Vilar Formoso. Finalmente, a exposição debruça-se sobre a evolução do Luxemburgo no contexto europeu do pós guerra e, o caminho de Portugal, sob uma ditadura repressiva – que só terminaria em Abril de 1974 – que ditou o seu atraso económico, arrastou o país para a guerra colonial e obrigou muitos, por razões politicas e/ou económicas, a partirem. Utilizando grandes caixas de luz que dão enfoque especial a certas temáticas, a exposição preserva a estrutura original apresentada no Luxemburgo em 2020. O design continua a ser assinado pela dupla Sara e Pedro Gonçalves e a museografia por Luísa Pacheco Marques. No entanto, a exposição que agora se apresenta em Cascais foi enriquecida com conteúdos contemporâneos ligados a artistas luso luxemburgueses. Assim, na última sala, são apresentadas parte da instalação Memória Episodika do artista plástico Edmond Oliveira baseada na experiência de vida do seu pai, um dos primeiros emigrantes a chegar ao Luxemburgo e as fotografias de Paulo Lobo que refletem bem o impacto da presença portuguesa na paisagem luxemburguesa. É ainda apresentado um documentário sobre a residência artística no Luxemburgo do colectivo português “Borderlovers”, realizado por François Baldassare da Canopée a.s.b.l. Para várias culturas ancestrais, os seres humanos estão ligados uns aos outros por invisíveis fios vermelhos que se cruzam, entrelaçam ou se afastam, tecendo a teia onde se inscreve a história da humanidade. Trabalhando esse conceito, Luísa Pacheco Marques criou apontamentos plásticos que marcam alguns momentos da exposição. No final, através de uma ampla caixa de luz, o conceito cenografado do Fio Vermelho torna-se evidente.
A reposição desta exposição só foi possível graças aos apoios da Câmara Municipal de de Cascais, da Câmara Municipal de Almeida, do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Europeus do Luxemburgo, do Ministério da Cultura do Luxemburgo, do Centro Nacional de Audiovisual e das empresas luxemburguesas: POST, WEALINS et LOSCH Digital Lab.
No próximo sábado, dia 14 de Maio, pelas 9h30, no Auditório da nossa sede (Rua Lagares da Quinta, Oeiras) terá início o 4º Módulo do curso Mulheres na História, dedicado às Mulheres Portuguesas – século XVII a século XX. Veja, de seguida, a sua programação:
No dia 04 de Junho, pelas 15 horas, terá lugar um colóquio subordinado ao mesmo tema e cujo programa será anunciado oportunamente.
Nota – todas as sessões, com a excepção do colóquio, terão o seu início às 9h30 da manhã.
Os interessados deverão fazer a sua inscrição, como habitualmente, através do nosso endereço geral@espacoememoria.org. O valor da inscrição, a liquidar no local, será de 20 euros, abrangendo as três sessões.
14-12 2025 - Da nossa associada Ana T. Freitas uma nova iniciativa de um poema na vila:
«O frio está aí e Dezembro, naturalmente. A próxima sessão de poesia de um poema na vila vai acontecer no dia 14de Dezembro de 2025, às 15h, na Galeria do Mercado Municipal de Coruche. O tema é viajar entre versos. Viajemos. Contamos consigo.»
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com a Espaço e Memória (2023)