25 de Abril
47º Aniversário (2)
Lisboa, 25 de Abril de 1974
Do meu livro Abril – Um Modo de Ser, um excerto do poema Não era nada, quase nada, e era Abril:
(…) e houve um santo e uma senha na alvorada
a erguerem-se numa só feitas à estrada
as vontades de ser livre e ser inteiro
a rasgarem entre o denso nevoeiro
o alvor
a alegria
a liberdade
e mostraram ao país outra verdade
Lisboa, 25 de Abril de 1974
Do meu livro Abril – Um Modo de Ser, excertos do poema Era um tempo feito de verde infinito:
era um tempo feito de verde-infinito
era um tempo de água parda e neblinas
era um tempo de silêncios sem notícias
que ondulava sem carícias contra o cais
era um tempo sem flores ou voo de aves
era um tempo inventado sem jamais
era um tempo sem o azul das maresias
e amarras que prendiam desiguais
(…)
mas no âmago mais fundo que nos resta
nesse dia que que nasceu como os demais
o verde e o azul do mar estão em festa
e amarras nunca mais – oh nunca mais!…
Lisboa, 25 de Abril de 1974
Do meu livro Abril – Um Modo de Ser, excertos do poema A Cor de Abril:
(…)
uma vontade a crescer
no peito que se deslassa
crescendo em nós sem se ver
mas vermos que nos abraça
pressentindo em modo vário
que ao sermos um povo unido
nos fica o medo vencido
e nós um mar solidário.
NOTA – O livro, de minha autoria, Abril – Um Modo de Ser contou com o apoio da Associação 25 de Abril e da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras
26 Abril, 2021
Olá Jorge e Lourdes!Gosto muito destas fotos!Penso haver nelas muito simbolismo:na primeira há alguma tensão,o tanque atravessado na rua,o militar empunhando o bastão com pose rígida.As pessoas estão curiosas mas calmas,direi confiantes.
Na segunda foto,o asfalto rebentado:o país já estava também a rebentar(pelas costuras)…A Revolução a rebentar com a Ditadura…passo a redundãncia.
Na 3ª,as pessoas já não correm à frente da polícia e dos militares mas ao encontro dos defensores da Democracia!
Viva Abril,sempre!
Obrigada pela partilha!Um abraço!