Efemérides


Votos de Boas Festas


Posted By on Dez 20, 2021

A Espaço e Memória vem trazer-vos os votos de boas festas, de boa saúde e de um ano de 2022 pleno de felizes realizações.

Recordamos com saudade todos os companheiros que nos abandonaram, mas regozijamo-nos por todos aqueles que nos acompanham nesta viagem.

Vivemos um tempo de incertezas, mas é, entretanto e como sabemos, nos períodos difíceis da nossas vidas que nos temperamos melhor para os dias vindouros.

Um feliz Natal e um óptimo ano de 2022 são, então, os votos que a todos dirigimos, com um forte abraço de amizade.

ESPAÇO E MEMÓRIA – Associação Cultural de Oeiras

A Direcção

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Um excerto do poema Operário em Construção, de Vinícius de Morais:

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as asas
Que lhe brotavam da mão.
(…)

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
– Garrafa, prato, facão
Era ele quem fazia
Ele, um humilde operário
Um operário em construção.
(…)
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro dessa compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
(…)
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
(…)
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construido
O operário em construção

(Poemas de 1956, Vinícius de Morais)

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Numa iniciativa especialmente dirigida à comunidade escolar do concelho de Oeiras, a Associação Desenhando Sonhos levou a efeito uma série de acções de divulgação e comemoração do 25 de Abril de 1974.

A Espaço e Memória, louvando a iniciativa, associou-se à mesma, disponibilizando imagens e textos que foram por nós publicados neste nosso espaço, bem como colaborando directamente numa das sessões levadas a efeito, em 29 de Abril, através da participação de Jorge Castro e com a leitura de poemas alusivos.

Veja a apresentação criada pela Desenhando Sonhos com as imagens e textos, da autoria de Jorge Castro:

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Porque é Abril e, nele, o dia 25, aqui vos deixo uma imagem alegórica que o meu filho Alexandre criou a partir de fotografias minhas obtidas nesse dia, em 1974.

Imagem a imagem, é por Abril que vamos.

Foi pela força das armas, não o esqueçamos, que Abril de 1974 aconteceu.

Mas pela força das armas que, a começar pelo Movimento dos Capitães, culminando na incondicional adesão popular, soubemos todos temperá-la com a candura de um cravo.

E, assim, esse momento inspirador e único deu novos mundos ao mundo.

Do meu livro «Abril – Um Modo de Ser», o poema «Abril, sempre!»:

ABRIL, SEMPRE!

na dolência de nos quedarmos tão sós
na cadência sincopada de agonias
contra quanto de tão vil afoga a voz
na premência da urgência de outros dias
não te esqueças desse grito com que alarmas
o presente e o futuro que querias
pois o Abril das quimeras
e utopias
esse Abril rima bem com povo em armas.

Para quem traz Abril no peito, podem ouvir o meu poema de 2021 aqui:

https://www.facebook.com/1271511073/videos/10224546206743937

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