Homenagem


– n. 20 de Junho de 1936 – f. 15 de Dezembro de 2024

É com muita mágoa e tristeza que damos notícia do falecimento de Jorge Miranda, nosso associado número um e fundador da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, que tanto lhe fica devedora pela sua capacidade de iniciativa, dinamismo e sabedoria.

Foi e é uma honra reiterada termos sabido contar com o seu companheirismo e a sua tão solidária partilha de saberes, de onde se destaca, entre tantas das suas actividades em prol da defesa do património, o seu desvelo entranhado pelo concelho de Oeiras.

Neste momento de profundo pesar, aos familiares e amigos queremos dar testemunho das nossas mais sentidas condolências.

Evocação de Joaquim Boiça:

À memoria de Jorge Miranda

A morte de quem nos está próximo leva sempre consigo um pedaço de nós e deixa-nos fragmentos de vida que a memória guarda e aconchega.

Foi relativamente tarde na idade que essa proximidade se começou a tecer entre mim e o Jorge Miranda. Éramos vizinhos, no bairro da Medrosa, mas nunca nos cruzáramos, tendo sido com algum espanto, aliás, que recebemos, eu e a Fátima Barros, na altura ainda empenhados no projecto que uniu as nossas vidas, o de Mértola Vila Museu, um contacto seu, em jeito de convite, para participarmos num Encontro Nacional de Centros Históricos, em Oeiras, com uma apresentação sobre o Bugio. Nesse desafio, feito na primavera de 1996, começou a desenhar-se uma relação de amizade que o tempo consolidou e que teve na criação da associação Espaço e Memória, em 2004, que resultou das animadas tertúlias semanais que juntavam também o Luís Silva e o José Meco, um dos momentos de partilha mais profundos e emocionantes.

Na sua partida, recordo do amigo Jorge Miranda o trato bondoso e afável, a verticalidade do carácter, a ética e a coerência do agir, a coragem política e cívica, a sagacidade do pensamento, a multifacetada cultura e a demanda, continuada e escrupulosa, de investigar e de dar a conhecer a história de Oeiras e de Cascais, municípios que muito lhe devem. Nada dado a elogios, foi com alguma resistência que anuiu à homenagem que a Espaço e Memória lhe prestou, em 2016, num tributo à sua vasta obra, que reuniu amigos e admiradores. Não chega a ver publicado o seu inovador estudo sobre as Invasões Francesas em Oeiras, que brevemente será apresentado, cujos contornos editoriais e gráficos com ele discuti e ultimei. Cumpre-nos, de igual modo, encontrar a forma ajustada de dar continuidade à publicação da sua Da História do Concelho de Oeiras, que pretendia reunir as centenas de estudos que produziu e se encontram dispersos. Como nos cumprirá, sempre, respeitando o seu legado e memória, manter viva a associação cultural que ajudou a criar.

Onde te encontres, Jorge, recebe um emocionado e grato abraço amigo.

Mané (Joaquim Boiça).

Com a devida referência, aqui publicamos também uma nota de Guilherme Cardoso, complementar do que fica dito:

UM CASCALENSE QUE NOS DEIXA MAIS POBRES

Jorge Miranda deixou-nos ontem (15/12/2024).

Nascido no casco velho da vila de Cascais há 88 anos, homem de trato fácil, de uma educação primorosa, lega-nos uma vasta obra histórica sobre Cascais e Oeiras.

Amigo de longa data detinha um vasto conhecimento sobre muita da história antiga e contemporânea de Portugal, o que lhe dava uma conversação sobre uma vastidão de assuntos, que foi profusamente usada quando foi professor, na Escola Profissional de Teatro de Cascais e da Escola Superior de Hoteleira e Turismo do Estoril.

Durante anos conjuntamente com Carlos Teixeira procurámos dar a conhecer um pouco da história e imagens da zona periférica do município de Cascais, daquela território de que pouco se fala ou regista. Três livros saíram. As freguesias de Carcavelos, de São Domingos de Rana e de Alcabideche, num total de 962 páginas.

Como homem de cultura que era foi fundador da Associação Cultural de Cascais e da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, onde foi durante muitos anos Presidente da Assembleia.

As nossas mais profundas condolências à família neste momento de dor.

Também de José D’Encarnação:

Companheiro de muitas lutas pelo reconhecimento do valor da história e do património locais, membro fundador também da Associação Cultural de Cascais, profundo conhecedor da história de Oeiras e de Cascais, conhecimentos que largamente partilhou em livros, no Jornal da Região (Oeiras) e nas colunas do Jornal da Costa do Sol,  por exemplo, cidadão empenhado, amigo do peito.

                Elevo uma prece pelo seu eteno descanso. E à família enlutada se apresentam os mais sentidos pêsames.

                                                               José d’Encarnação

José d’Encarnação, conforme publicado em Duas Linhas (https://duaslinhas.pt/):

JORGE MANUEL DE ARAÚJO OLIVEIRA MIRANDA

(1936 –15.12.2024)

Por José d’Encarnação – 17 de Dezembro, 2024

Evocação

Escreva-se o nome completo, para resistir à preguiça e, também, para não haver confusão de identidades, pois o Jorge, além de, por vezes, assinar Manuel de Araújo no Jornal da Costa do Sol – nomeadamente quando o tema era mais candente e a crítica um tudo-nada mais aguda –, habitualmente preferia o 1º e o último: Jorge Miranda, o que o levou, de quando em vez, a ser confundido com o constitucionalista Jorge Miranda. O mundo do ‘nosso’ Jorge – cascalense dos quatro costados e de nascença, oeirense por adopção – não era o das leis, mas sim o do património e da história locais, por cuja memória e identidade sempre pugnou.

Perdoar-se-me-á se, quando deveria assumir um tom de mui grande seriedade, ao evocar o Amigo que partiu, eu tenha começado por falar de preguiça. Justifico-me: primeiro, porque o Jorge não era nada dado a tristezas e procurava viver intensamente o momento presente, não se privando de saborear um bom charuto e de se deixar ficar largos minutos para uma amena cavaqueira. Adorava conversar. Escrevia muito bem, tinha uma pena ágil, mas as suas palestras – e muitas fez, sobretudo no âmbito das actividades da Associação Cultural de Oeiras e também da Associação Cultural de Cascais – eram um encanto, porque facilmente ia contando histórias atrás de histórias, sem se importar com os minutos que iam passando e nó, os ouvintes, até nem nos ralavam muito com isso!

A segunda justificação: é que foi quase a ferros que consegui, em meados de 1999, que aceitasse o desafio que Albérico Fernandes e eu próprio lhe fizemos para garantir semanalmente na edição de Oeiras do Jornal da Região a rubrica Cantinhos da Região, onde deu a conhecer muitos dos monumentos e das efemérides oeirenses. Insisti para que, também ele, depois os publicasse em livro, mas apenas se conseguiu que publicasse uma parte, o n º 1 da História do Concelho de Oeiras, Pombal e Oeiras (Espaço e Memória, Oeiras, 2017). É que, além da preguiça a que tinha direito, era um perfeccionista e gostava de ir até ao fundo das questões; por isso, ia adiando, adiando. E o meu voto vai ser que a Espaço e Memória possa, um dia, agarrar no que ficou inédito e com a sua publicação nos presenteie, ajuntando porventura mesmo o que publicou e anda disperso, como se verá no rol que junto em anexo.

Lê-se no jornal O Correio da Linha (24-08-2012, p. 4):

«Jorge Miranda é o melhor conhecedor da história de Oeiras, a cuja investigação se tem dedicado afincadamente. Aguarda publicação, por exemplo, a colectânea dos inovadores apontamentos históricos com que, de 1999 a 2005, semanalmente brindou os leitores de Jornal da Região – Oeiras».

Importa esclarecer o seguinte: Jorge Miranda exerceu actividade profissional como – se não erro – técnico de uma empresa turística. Apaixonado pela História, foi depois de se ter aposentado, que fez o curso de História na Faculdade de Letras de Lisboa e se começou a dedicar com mais afinco à escrita que, antes disso, se limitava a uma colaboração permanente, como redactor, em Oeiras, do Jornal da Costa do Sol.

Os textos aí publicados, devidamente aglutinados e adaptados, serviram de base, por exemplo, a três volumes que preparou em colaboração com Guilherme Cardoso e Carlos A. Teixeira, e que são hoje de referência obrigatória quando se pretende saber algo sobre S. Domingos de Rana, Carcavelos e Alcabideche. Refiro-me a:

  • CARDOSO (Guilherme), MIRANDA (Jorge) e TEIXEIRA (Carlos), Registo Fotográfico de Carcavelos e Alguns Apontamentos Histórico-Administrativos. Câmara Municipal de Cascais, Cascais, 1988. Houve 2ª edição.
  • CARDOSO (Guilherme), MIRANDA (Jorge) e TEIXEIRA (Carlos), Registo Fotográfico de S. Domingos de Rana e Alguns Apontamentos Histórico-Administrativos. Junta de Freguesia de S. Domingos de Rana, 2003.
  • CARDOSO (Guilherme), MIRANDA (Jorge) e TEIXEIRA (Carlos A.), Registo Fotográfico de Alcabideche e Alguns Apontamentos Histórico-Administrativos, Junta de Freguesia de Alcabideche, 2009.

Mas a sua obra é bem mais extensa e do rápido apanhado que ora me foi dado fazer resultou o seguinte:

«Aspectos da situação do escravo em Oeiras, na segunda metade do século XVIII», Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, III série, nº 91, 1989, p. 11-12.«Em torno do poder local no Reguengo de a par de Oeiras, no século XVII», Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, Série III, nº 91, 2º tomo, 1989.

«A extinção do concelho de Oeiras (1895-1898) : um caso político-partidário»,

Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, Série IV, n.º 92, 1990/98, p. 83-92.

ARAÚJO (Manuel de), «Joane Anes – Homem-bom de Oeiras», Jornal da Costa do Sol nº 1192, 7-3-1991.

A obra do pintor Silva Oeirense (1797-1869), abertura do catálogo da exposição realizada em Outubro de 1992.

«A autonomia de Oeiras e a formação do espaço geográfico concelhio», Actas do I Encontro de História Local do Concelho de Oeiras, Câmara Municipal de Oeiras, Lisboa, 1993, p. 145-154.

ARAÚJO (Manuel de), «Os reguengos de Oeiras», Jornal da Costa do Sol nº 1355, 21 de Abril de 1994, p. 17.

ARAÚJO (Manuel de), «A capela do Senhor Jesus dos Navegantes, em Paço de Arcos», Jornal da Costa do Sol nº 1365, 30 de Junho de 1994, p. 10.

Para uma História dos Lazeres no Concelho de Oeiras, catálogo da exposição. Câmara Municipal de Oeiras, 1995. Coordenação e pesquisa de Manuela Hasse e Jorge Miranda.

«Para a História da Imprensa de Oeiras – Paulo da Fonseca, editor de A Gazeta d’Oeiras», desdobrável, Abril de 1997.

Viagem pelas Lendas do Concelho de Oeiras, Câmara Municipal de Oeiras. Oeiras, 1998.

«Oeiras e a expansão – Contributos para a sua história», in 1º Ciclio de Estudos Oeirenses – Oeiras – A Terra e os Homens. Câmara Municipal de Oeiras, Novembro de 1998, p. 197-224.

«Caspolima e Porto Salvo», Jornal da Região – Oeiras nº 167, 29-6-2000.

«Os morgadios do Rabi-Mor», Jornal da Região – Oeiras nº 168, 6-7-2000.

«Porto Salvo: a capela, a irmandade e vontade do povo», Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, IV série, nº 95 (2º tomo), 2009, p. 79-88.

«Pescadores aliados da Inglaterra nas Invasões Francesas», O Correio da Linha, 24 de Agosto de 2012, p. 4-5.

«O Pelourinho – um símbolo da autonomia oeirense», revista Espaço & Memória 1, Maio 2017, p. 34-37.

Estou certo de que, para honrar a sua memória, os municípios de Cascais e de Oeiras, que, por exemplo, no domínio da Música, detêm um protocolo mui proveitoso, os seus responsáveis pela Cultura (quiçá também a Fundação D. Luís I, de cujo Conselho de Fundadores foi um dos primeiros membros) ora se sentem à mesa para lançar mãos a essa mui louvável tarefa. Jorge Miranda bem no merece!

Documento aprovado pela Assembleia Municipal de Oeiras, invocando Jorge Miranda:

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É com profundo pesar que comunicamos o falecimento da nossa amiga e associada Maria Celeste de Jesus da Costa, ocorrido ontem, dia 04/12/2024.

Aos seus familiares e amigos, enlutados a Direcção, demais Corpos Socias e associados da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, apresentam as mais sentidas condolências.

O corpo da nossa amiga encontra-se, hoje, a partir das 17h00 na Igreja de Paço de Arcos. O funeral terá lugar amanhã, dia 06, pelas 12:30h, no crematório de Barcarena, antecedido de cerimonia religiosa às 12:00h, na Igreja onde se encontra.

A Celeste, presença constante nas nossas iniciativas, partilhou connosco momentos felizes em passeios, visitas, viagens, confraternizações, clube de leitura, palestras e outras actvidades.

Que descanse em paz.

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(1943-2024)

É com profundo pesar que estamos a comunicar o falecimento do nosso amigo e associado Manuel Oliveira Vitorino Dias Duarte, ontem, dia 21 de Maio.

À sua esposa, filhos, familiares e amigos enlutados a Direcção, demais Corpos Socias e associados da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras apresentam as mais sentidas condolências.

O corpo do nosso amigo encontra-se, hoje, a partir das 17h00 na Igreja de Porto Salvo. O funeral terá lugar amanhã, dia 23, pelas 10h30, no Cemitério de Oeiras.

Manuel Dias Duarte, nasceu em Lisboa, em 1943. Foi professor de Filosofia, tendo-se dedicado como Orientador de Estágio de formação de professores, na Escola Secundaria Sebastião e Silva (Oeiras) e na Escola Secundária de Carcavelos. Leccionou igualmente na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, no Instituto de Serviço Social e na Escola Superior de Educação Jean Piaget (Almada).

Foi coautor de manuais escolares para os 10º, 11º e 12º anos, na Texto Editores e na Didáctica Editora, de parceria com Manuel Peixe Dias. Colaborou em jornais e revistas (desde os antigos Republica, A Capital e o Diário de Lisboa, ao O Professor, à Vértice, Revista de Humanidades e Tecnologias da Universidade Lusófona, etc.) com textos sobre pedagogia, filosofias, história da filosofia. E com biografias e obras de filosofia portugueses na Encyclopédie Philosophique Univerelle, no III vol. – Les Oeuvres Philosophiques – dirigido por Jean-François Mattéi, Paris, P.U.F.1998.

Pertenceu à comissão organizadora do congresso da internacional Hegel Geselsechaft, realizado, em Lisboa, na fundação Calouste Gulbenkian, em 1975. Bem como à comissão organizadora de dois congressos obre o ensino da filosofia, enquanto membro da direção da Sociedade Portuguesa de Filosofia, de que foi cofundador. Dirigiu a coleção de referências na editora Veja.

Membro fundador da Sociedade Portuguesa de Filosofia, da Associação de Professores de Filosofia, sediada em Coimbra, e do Movimento dos Educadores para a Paz. Presentemente é conferencista convidado e professor nas Universidades Seniores de Benfica (UNISBEN) e UNIESTE, (no clube da Estefânia ).

Autor prolífico, iniciou-se na ficção, em 1999. A sua extensa bibliografia pode ser consultada em https://www.wook.pt/autor/manuel-dias-duarte/9062

Aposentando, continuou a intervalar o ensaio com a ficção. É membro efectivo da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, desde 2012, onde, no âmbito da sua programação, ministrou com notável brilhantismo, entre outros, três cursos subordinados ao tema: “História das mulheres”.

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É com profundo pesar que anunciamos o falecimento da nossa associada Beatriz de Almeida Pessoa, companheira empenhada da nossa Associação, cuja Direcção integrou, e acarinhada Professora do Liceu de Oeiras (actual Escola Secundária Sebastião e Silva).

À família enlutada e a todos os amigos apresentamos as nossas mais sentidas condolências.

O corpo vai amanhã, dia 03 de Abril, às 17h00, para a Capela Mortuária da Igreja Nova Oeiras e o funeral será na quinta-feira dia 04.04. depois das orações, das 11h.

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É com profundo pesar que informamos do falecimento do nosso associado João Pires Ribeiro.

À Deana Barroqueiro, sua companheira de vida e também nossa associada, bem como a toda a família e amigos deixamos testemunho das nossas sentidas condolências.

Deixamos o texto em que Deana Barroqueiro nos anuncia tão infausto evento:

«O vosso amigo João Pires Ribeiro morreu ontem, dia 18 de Março, ao meio dia.

Vai estar hoje, às 17.30 h, na Igreja São João de Deus, na Praça de Londres. Amanhã, dia 20, terá uma pequena cerimónia, às 11.30 h, e seguirá às 12 h, para o crematório dos Olivais.

Peço-vos para não trazerem flores, porque ele tem muitas já institucionais, usem antes esse dinheiro em solidariedade para quem tem dificuldades, que ele aprecia muito mais. A vossa presença é que conta. É assim que quer ser recordado:

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Terá lugar na próxima quarta-feira, dia 13 de Março, pelas 10 horas, e integrada nas celebrações do 50º Aniversário do 25 de Abril de 1974, na Escola António Arroio, em Lisboa, uma sessão evocativa de Natália Correia que conta com o apoio da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, e apresentação de Irene Cardona (apresentação de vida e obra da autora), João Paulo Oliveira (canções) e Jorge Castro (poemas).

Algumas imagens da sessão:

Marisa Mendes, a nossa anfitriã e a responsável pela Biblioteca Escolar

Pedro Xavier, o grande responsável da realização desta sessão na Escola António Arroio.

Lara Freire, a aluna que nos surpreendeu e presenteou com um poema seu, evocativo de Abril.

Lourdes Calmeiro em companhia de uma aluna que nos brindou com um belo poema evocativo do 25 de Abril, de sua autoria, exibindo uma notícia do DN de Fevereiro de 1971, que levámos para a sessão, notícia que refere uma carga policial sobre os alunos da António Arroio, num cortejo carnavalesco daquele ano… e apenas porque esse cortejo se aproximara da embaixada americana. Era um tempo de contestação também à guerra do Vietname e o regime de então não apreciava veleidades contra o amigo americano.

Fotografias de Lourdes Calmeiro, Leonor Brilha e Jorge Castro.

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