no próximo dia 21 de Outubro (sábado), pelas 17 horas, no auditório da Casa da Malta, comemorando os 100 anos do seu nascimento, haverá uma sessão evocativa de Natália Correia e da sua vida e obra.
Esta sessão, de acesso livre a todos os interessados, contará com a apresentação de Irene Cardona, leitura de poemas por Jorge Castro e canções interpretadas por João Paulo Oliveira.
Haverá, no final da sessão, um jantar de convívio no restaurante Sabores da Marquesa, na Quinta de Cima (Oeiras). Muito se agradece que os interessados manifestem esse interesse até ao próximo dia 18 de Outubro, através do nosso email: geral@espacoememoria.org.
Algumas imagens da sessão, da autoria de Lourdes Calmeiro:
Conforme se respiga da apresentação do «podcast» emitido, no corrente mês de Setembro, pela Câmara Municipal de Oeiras e que, com a devida vénia, aqui reproduzimos:
«(…) O dever de não esquecer é extensível a todo o legado histórico – o trabalho da memória. afirmou o filósofo francês Paul Ricoeur. Partindo duma conversa com memórias e sobre as vivências de Oeiras, pretende-se abordar espaços do nosso património, imaginário coletivo, efemérides e personalidades marcantes que, no seu conjunto, concorrem para a construção da identidade de Oeiras. Faça parte desta conversa e siga-nos nesta Conversa desfiada!
O Historiador de Arte José Meco é o nosso convidado desta Conversa Desfiada – um oeirense que cedo despertou o seu interesse e olhar para o património artístico que o rodeia e ao qual tem dedicado grande parte da sua vida a estudá-lo e a valorizá-lo. Tem sido alvo da sua particular atenção e interesse o azulejo, reconhecido internacionalmente como um dos grandes especialistas nesta singular forma de criação artística, mas também noutros domínios. Exerce presentemente a função de vice-presidente da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, onde se tem debatido pela defesa e preservação do património de Oeiras. Um desfiar de histórias e de memórias é a proposta que lhe fazemos».
Divulgamos, também, a opinião do Professor Vítor Serrão sobre José Meco, em comentário ao presente «podcast»:
Divulgamos uma iniciativa que tem o apoio da Câmara Municipal de Cascais, em homenagem a Natália Correia, aprazada para o próximo dia 13 de Setembro, a partir das 18h00, e que conta com as participações de Irene Cardona, João Paulo Oliveira e Jorge Castro (estes últimos nossos associados).
A sessão decorrerá na Biblioteca Municipal de São Domingos de Rana.
É com profundo pesar e tristeza que comunicamos o falecimento de Rui Capão Andrade, sócio efectivo da nossa Associação. A Direcção da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, em nome de todos os seus associados apresenta as mais sentidas condolências aos familiares e amigos pela partida deste nosso Associado.
Citamos, da mensagem emitida pela Direcção Nacional da Inter-Reformados /CGTP-IN, a qual Rui Capão também integrava:
«Rendemos sincera homenagem à memória de Rui Capão, relembrando os sólidos valores que o caracterizavam, a sua determinação, entrega e apego aos valores e conquistas de Abril, quer na sua vida pessoal, quer profissional.»
Os Prémios do Património Cultural Europeu, anunciados esta terça-feira, consagraram o arqueólogo Cláudio Torres como “champion” (defensor ou paladino, em tradução portuguesa) do património.
O prémio ao fundador do Campo Arqueológico de Mértola foi um dos quatro que Portugal conseguiu na edição deste ano.
Breve apontamento biográfico:
Nascido em 1939. Fundador e Diretor do Campo Arqueológico de Mértola, do Museu de Mértola e da revista “Arqueologia Medieval”. Doutor “honoris causa” pela Universidade de Évora (2001). Prémio Pessoa 1991. Em 1993 foi investido pelo Presidente da República com a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Desde 2006, membro do Concelho Consultivo do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (DGPC). Entre 1974 e 1986, docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Entre 1986 e 1996, chefe da Divisão Sociocultural da Câmara Municipal de Mértola. Entre 1996 e 2002 (data da sua reforma), diretor do Parque Natural do Vale do Guadiana. Em 2001 Representante de Portugal no Comité do Património Mundial da UNESCO. Entre 1996 e 2007, Presidente da Comissão Nacional Portuguesa dos Monumentos e Sítios – ICOMOS. Entre 2004 e 2012, Coordenador Nacional da Rede Portuguesa da Fundação Anna Lindh. (in https://ceaacp.uc.pt/investigadores/claudio-torres/).
Com a devida vénia e pelo interesse e afecto manifesto do artigo de Luís Osório sobre o tema, reproduzimos o conteúdo do seu «Postal do Dia»:
O arqueólogo Cláudio Torres é um pássaro sem uma asa
1. O arqueólogo Cláudio Torres recebeu mais um prémio internacional.
Defensor do património, guerrilheiro da memória, não desistente, corajoso… extremamente corajoso…, utópico.
Como se pode ser utópico tendo deixado de acreditar na utopia?
A partir de certa altura focamo-nos nos paradoxos, no que em nós é difícil de explicar, porventura será nisso que pensa quando, de mãos nos bolsos, passeia pelo seu campo arqueológico de Mértola; uma verdadeira cidade, um mundo que escavou para que pudéssemos melhor compreender o passado e não nos escapasse a capacidade de sonhar.
2. O pequeno Cláudio, nascido na Beira Alta entre montanhas e frio, desejava sair e conhecer o país e os países, compreender por que raio os pobres eram sempre pobres e os ricos sempre ricos, revoltou-se com o estado de coisas, tornou-se comunista.
Pagou com língua de palmo.
Na prisão. Em torturas. Em humilhações.
E a Manuela sempre presente, a sua única namorada, a pessoa que o viu jovem e idealista a esbracejar com o fascismo.
Que se orgulhou por saber que fugira da prisão num barquinho de recreio – os pides não davam nada pelos intelectuais, mas o Cláudio era valente, tinha no sangue o ar da serra, a dureza das casas e da ausência de futuro.
A Manuela que fugiu com ele para Paris.
Que viu a sua desilusão com o comunismo após uma visita à Roménia de Ceausescu.
Que regressou com ele a Portugal depois do 25 de Abril.
Que fez uma carreira brilhante como filóloga, decisiva na investigação e reconhecimento do mirandês como língua oficial.
A Manuela que depois da reforma de professora correu para o campo de Mértola por ser o país dos dois, a sua casa comum.
3. A Manuela partiu o ano passado.
E o professor caminha agora todos os dias pelos campos arqueológicos de Mértola como se fosse um pássaro ferido, um pássaro desasado, pensativo e entre paradoxos, talvez um bocadinho perdido e na expetativa de um reencontro numa escavação final.
Cláudio Torres ganhou mais um prémio internacional. Conquistou muitos.
(O Prémio Pessoa, por exemplo)
É um dos melhores portugueses.
O único que inventou um país paralelo. Um país que fez nascer debaixo de Mértola.
Um país que é hoje visitado por gente de todo o mundo.
E por ele, todos os dias.
De mãos nos bolsos e à procura da Manuela que um dia reencontrará nos subterrâneos onde a vida acontece de outra maneira.
Que seja daqui a muitos anos, caro professor.
A Manuela não se importará de esperar e… aposto… por esta altura já deve estar bastante ocupada a estudar a língua que se fala num lugar impossível de encontrar em vida.
No dia 26 de Janeiro de 2023, foi agraciado pela Presidência da República com a Comenda da Ordem de Mérito o Vice-Presidente e eminente colaborador da nossa Associação desde a primeira hora, Professor José Meco.
Esta distinção, a todos os títulos merecida e a que dirigimos o nosso claro aplauso, desde logo ao agraciado, não pode deixar de nos regozijar, enquanto associação cultural, por poder contar entre os seus associados com uma figura que, também assim, reforça o seu estatuto como figura da Cultura, com reconhecimento e estatuto institucionais.
Joaquim Boiça com José Meco, já Comendador, após a cerimóniaRead More
2023-12-10 - Sob coordenação de Ana T. Freitas, na Galeria do Mercado Municipal de Coruche, pelas 15 horas, uma nova sessão de um poema na vila, subordinada ao tema «Natália Correia, o Sol das Noites, o Luar dos Dias», que conta como convidada com a presença de Maria Lucília F. Meleiro.
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Fátima Rombouts de Barros
– Francisco José Nunes Lampreia,
«O Tesouro de São Sebastião de Gomes Aires»
com a Espaço e Memória (2023)
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