– DIA 18 de Abril, terça-feira, 14H00 – Visita à Fortaleza de S. Julião da Barra (visita integrada nos Dias do Património, iniciativa programada e desenvolvida pela Câmara Municipal de Oeiras). Visita orientada por Joaquim Boiça.
Com elevada participação, esta visita, programada e desenvolvida pela Câmara Municipal de Oeiras e que contou com o apoio da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, decorreu com o já costumeiro interesse na divulgação deste património oeirense, através da transmissão dos saberes da História que Joaquim Boiça propiciou a todos os participantes.
Numa iniciativa organizada já pelo quarto ano e coordenada por José Fernando Mendonça, envolvendo diversas entidades e organizações e à qual a Espaço e Memória também se associa e onde participa, o centro histórico de Oeiras encher-se-á de Poesia, no próximo dia 21 de Março, das 14:00 horas e até às 24:00 horas. Vejam aqui as informações e respectiva programação:
Aqui deixamos, ainda, uma palavra de reconhecimento e louvor pelo empenho denodado do seu organizador e seus apoiantes na organização de uma iniciativa de tal magnitude, interesse e participação.
A MAPA e a Espaço e Memória celebraram, no passado dia 27 de Novembro, em Oeiras, Adriano Correia de Oliveira, pelas mãos e sentires de João Paulo Oliveira e Jorge Castro. No auditório da Casa da Malta muito confortavelmente preenchido, teve, então, lugar mais essa homenagem… porque nunca serão demais. E tal como encerra o texto de Samuel Quedas que foi apresentado também nesta celebração, diremos: Que viva o Adriano! Sempre!
A pedido, aqui se publica o poema da autoria de Jorge Castro e dedicado a Adriano, com que foi encerrada a sessão:
ao Adriano
não sei cantar para ti como cantaste numa noite coimbrã de fogo aceso corações eles foram tantos os que tocaste tal o meu também voando estando preso
vens de um tempo de afrontas sufocadas de grilhões prendendo mãos e pensamento nesse tempo em que ao som de guitarradas descobrimos ser tão livres como o vento
era um tempo de combate e as duras pedras já cantavam na tão velha escadaria era negra-negra a noite e as capas negras mas em cada olhar a esperança renascia
na denúncia do algoz soltando amarras como arauto no combate à força bruta a tua voz na plangência das guitarras ia unindo a alma e o corpo à mesma luta
era de Maio a cor que então cantavas ou de Abril naquele Inverno descontente e o calor de rubras flores com que voavas era o azul de um novo céu de nova gente
eram cores e sons de Abril que já trazias num assombro de poesias perturbadas e cantavas naus giestas e alegrias que fazias ser em nós gume de espadas
à razão deste voz que não se guarda pressentindo um pulsar que se inquieta foste o canto a arma e a mão que não se atarda o percurso firme e tenso de uma seta
ao canto deste a vida e foste esperança conjugaste em tom diverso o verbo dar e adivinho o Adriano na criança que ali corre vida fora junto ao mar
porque somos apenas de terra e barro já partiste irmão maior mas entretanto se nas cinzas se amortalha o teu cigarro fica em nós presente o grito do teu canto.
Numa parceria entre a MAPA – Associação Cultural e a Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, No ano em que passam 40 anos sobre a sua morte e 80 sobre o seu nascimento, realizaremos uma sessão evocativa e de homenagem a Adriano Correia de Oliveira.
Esta sessão terá lugar na nossa sede (Rua dos Lagares da Quinta – Casa da Malta, em Oeiras), no próximo dia 27 de Novembro (domingo), com início às 17 horas, e contará com a presença de João Paulo Oliveira (canto) e Jorge Castro (poesia).
(Porto, 9 de abril de 1942 — Avintes, 16 de outubro de 1982)
Biografia de Adriano Correia de Oliveira (in https://pt.wikipedia.org/wiki/Adriano_Correia_de_Oliveira)
Biografia Filho de Joaquim Gomes de Oliveira e da sua mulher, Laura Correia, Adriano mudou-se para Avintes ainda com poucos meses de vida. Criado numa família profundamente católica, a infância de Adriano Correia de Oliveira é marcada pelo ambiente que descreverá mais tarde como «marcadamente rural, entre videiras, cães domésticos e belas alamedas arborizadas com vista para o rio [Douro]».
Após concluir os estudos secundários, no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, Adriano Correia de Oliveira matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1959. Durante os anos passados em Coimbra, tem uma intensíssima participação no meio cultural e desportivo ligado à academia. Viveu na Real República Ras-Teparta, foi solista no Orfeon Académico, membro do Grupo Universitário de Danças e Cantares, ator no CITAC, guitarrista no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica e jogador de voleibol na Briosa.
Na década de 1960 adere ao Partido Comunista Português, envolvendo-se nas greves académicas de 62, contra o salazarismo. Nesse ano foi candidato à Associação Académica de Coimbra, numa lista apoiada pelo MUD.
Data de 1963 o seu primeiro EP, Fados de Coimbra. Acompanhado por António Portugal e Rui Pato, o álbum continha a interpretação de Trova do vento que passa, poema de Manuel Alegre, que se tornaria uma espécie de hino da resistência dos estudantes à ditadura. Em 1967 gravou o álbum Adriano Correia de Oliveira, que, entre outras canções, tinha Canção com lágrimas.
Em 1966 casa-se com Maria Matilde de Lemos de Figueiredo Leite, filha do médico António Manuel Vieira de Figueiredo Leite (Coimbra, Taveiro, 11 de outubro de 1917 – Coimbra, 22 de março de 2000) e da sua mulher Maria Margarida de Seixas Nogueira de Lemos (Salsete, São Tomé, 13 de junho de 1923), depois casada com Carlos Acosta. O casal, que mais tarde se separaria, veio a ter dois filhos: Isabel, nascida em 1967 e José Manuel, nascido em 1971.
Chamado a cumprir o Serviço Militar, em 1967, Adriano Correia de Oliveira ficaria a uma disciplina de se formar em Direito. Ainda em 1969 vê editado o álbum O Canto e as Armas, revelando, de novo, vários poemas de Manuel Alegre. Pela sua obra recebe, no mesmo ano, o Prémio Pozal Domingues. Lança Cantaremos, em 1970, e Gente d’aqui e de agora, em 1971, este último com o primeiro arranjo, como maestro, de José Calvário, e composição de José Niza.
Em 1970, já licenciado da tropa, decide trocar Coimbra por Lisboa, e vai exercer funções no Gabinete de Imprensa da FIL – Feira Industrial de Lisboa, até 1974. Em 1973 lança Fados de Coimbra, em disco, e funda a Editora Edicta, com Carlos Vargas, para se tornar produtor na Orfeu, em 1974.
Com a Revolução dos Cravos, Adriano Correia de Oliveira está entre os fundadores da Cooperativa Cantabril. Em liberdade, esteve envolvido na organização de centenas de iniciativas do PCP em todo o país, nas quais tocou. Integra o Comité Organizador da Festa do Avante! do PCP desde a primeira edição, ao qual pertenceria até à sua morte.[1]
Em 1975 lança Que nunca mais, onde se inclui o tema Tejo que levas as águas. A revista inglesa Music Week elege-o Artista do Ano. Em 1980 lançaria o seu último álbum, Cantigas Portuguesas, ingressando no ano seguinte na Cooperativa Era Nova, em rutura com a Cantabril.
Vítima de uma hemorragia esofágica, morreu na quinta da família, em Avintes, nos braços da sua mãe.
Reconhecimento A 24 de setembro de 1983 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 24 de abril de 1994 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, ambas as condecorações a título póstumo.[2]
Lisboa, Avintes, Charneca da Caparica, Vila Nova de Gaia, Samora Correia, Almada, Barreiro, Grândola, Montijo e Fânzeres (concelho de Gondomar) são algumas das localidades portuguesas em que o seu nome faz parte da toponímia. [3]
Discografia:
Álbuns 1967 – Adriano Correia de Oliveira (LP, Orfeu, XYZ 104) 1969 – O Canto e as Armas (LP, Orfeu, STAT 003) 1970 – Cantaremos (LP, Orfeu, STAT 007) 1971 – Gente de aqui e de agora – LP STAT 010) 1975 – Que nunca mais (LP, Orfeu, STAT 033) 1980 – Cantigas Portuguesas (LP, Orfeu, STAT 067) Compilações 1973 – Fados de Coimbra 1982 – Memória de Adriano 1994 – Fados e baladas de Coimbra 1994 – Obra Completa 1995 – O Melhor dos Melhores 2001 – Vinte Anos de Canções (1960-1980) 2007 – Obra Completa Singles e EP Noite de Coimbra (EP, Orfeu, 1960) [Fado da Mentira/Balada dos Sinos/Canta Coração/Chula] Atep 6025 Balada do Estudante (EP, 1961) [Fado da Promessa/Fado dos Olhos Claros/Contemplação/Balada do Estudante] Atep 6033 Fados de Coimbra (EP, 1961) [Canção dos Fornos/Balada da Esperança/Trova do Amor Lusíada/Fado do Fim do Ano] Atep 6035 Fados de Coimbra (EP, 1962) [Minha Mãe/Prece/Senhora, Partem Tão Tristes/Desengano] Atep 6077 Trova do vento que Passa (EP, 1963) [Trova do Vento que Passa/Pensamento/Capa Negra, Rosa Negra/Trova do Amor Lusíada] Atep 6097 Adriano Correia de Oliveira (EP, 1964) [Lira/Canção da Beira Baixa/Charama/Para que Quero Eu Olhos] Atep 6274 Menina dos Olhos Tristes (EP, 1964) [Menina dos Olhos Tristes/Erguem-se Muros/Canção com Lágrimas/Canção do Soldado] Atep 6275 Elegia (EP, 1967) [Elegia/Barcas Novas/Pátria/Pescador do Rio Triste] Atep 6175 Adriano Correia de Oliveira (EP, 1968) [Para que Quero Eu Olhos/Canção da Terceira/Sou Barco/Exílio] Atep 6197 Rosa de Sangue (EP, Orfeu, 1968) Atep 6237 Cantar de Emigração (EP, Orfeu, 1971) Atep 6400 Trova do Vento Que Passa n.º2 (EP, Orfeu, 1971) Atep 6374 Lágrima de Preta (EP, Orfeu, 1972) Atep 6434 Batalha de Alcácer-Quibir (EP, Orfeu, 1972) Atep 6457 O Senhor Morgado (EP, Orfeu, 1973) Atep 6542 A Vila de Alvito (EP, Orfeu, 1974) Atep 6588 Para Rosalía (EP, Orfeu, 1976) Atep 6604 Notícias de Abril (Single, Orfeu, 1978) [Se Vossa Excelência…/Em Trás-os-Montes à Tarde] KSAT 633
Divulgamos a programação das Jornadas Europeias de Património 2022, uma iniciativa da Câmara Municipal de Oeiras que conta, entre outras, com a parceria da Espaço e Memória:
Com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, decorreu, em 13 de Agosto uma visita guiada, organizada pela Espaço e Memória, ao Salão Nobre e à Capela do Palácio do Marquês do Pombal com José Meco, visita que se documenta com estas imagens.
2023-06-02 – Homenagem a João Batista Coelho, na Biblioteca Municipal de São Domingos de Rana, com exposição «Nas Entrelinhas outras linhas», organizada por Ana Camilo. Esta exposição estará patente ao público até 14 de Junho.
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