Património


Conforme se pode apurar no podcast inserido pela Câmara Municipal de Oeiras (https://www.youtube.com/watch?v=1BU85ZdFEy8)

«Este é o seu podcast sobre as vivências e a identidade de Oeiras! O dever de não esquecer é extensível a todo o legado histórico – o trabalho da memória. afirmou o filósofo francês Paul Ricoeur. Partindo duma conversa com memórias e sobre as vivências de Oeiras, pretende-se abordar espaços do nosso património, imaginário coletivo, efemérides e personalidades marcantes que, no seu conjunto, concorrem para a construção da identidade de Oeiras.

Faça parte desta conversa e siga-nos nesta Conversa desfiada!

O primeiro convidado do Conversa Desfiada é o historiador Joaquim Boiça, presidente da Associação Cultural de Oeiras – Espaço e Memória. Uma conversa que percorre desde as suas origens, vem duma “genealogia” de faroleiros, um dos temas do seu agrado como investigador, aos muitos projectos a que se tem vindo a dedicar, onde destacamos o caso de Mértola, a Vila-Museu localizada no Alentejo, e de Oeiras, onde há vários anos desenvolve projectos em torno de temas como as fortificações marítimas e os faróis. Mas muitas outras curiosidades serão desfiadas nesta agradável conversa.»

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– DIA 18 de Abril, terça-feira, 14H00 – Visita à Fortaleza de S. Julião da Barra (visita integrada nos Dias do Património, iniciativa programada e desenvolvida pela Câmara Municipal de Oeiras). Visita orientada por Joaquim Boiça.

Com elevada participação, esta visita, programada e desenvolvida pela Câmara Municipal de Oeiras e que contou com o apoio da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, decorreu com o já costumeiro interesse na divulgação deste património oeirense, através da transmissão dos saberes da História que Joaquim Boiça propiciou a todos os participantes.

Algumas imagens:

  • Fotografias de Jorge Castro
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Abril, projectos mil, dir-se-ia. Estamos a divulgar as nossas próximas iniciativas para o mês de Abril, chamando a vossa melhor atenção para o facto de várias delas carecerem de inscrição – o que está referido em cada caso.

– DIA 18 de Abril, terça-feira, 14H00 – Visita à Fortaleza de S. Julião da Barra (visita integrada nos Dias do Património, iniciativa programada e desenvolvida pela Câmara Municipal de Oeiras). Inscrição para associados da Espaço e Memória – máximo de 15 pessoas para o endereço geral@espacoememoria.org, até ao dia 14 de Abril (17h00). Ponto de encontro: entrada exterior da fortaleza. Visita orientada por Joaquim Boiça.

– DIA 22 de Abril, sábado, 16H00 – Casa da Malta – Encontro com Jean Yves Blot, arqueólogo marinho, historiador e especialista do património subaquático, responsável por algumas das mais importantes intervenções e iniciativas de valorização do património marítimo português e mundial, sob o mote “O mar é a maneira mais imediata de nos confrontarmos com o universo“, em conversa conduzida por Margarida Farrajota e Joaquim Boiça.

– DIA 25 de Abril, terça-feira, 10H00 – Auditório César Batalha – 49.º ano da Revolução de 25 de Abril. Evocação da efeméride com as participações do Major-General Agostinho CostaJoaquim Boiça (intervenções e apresentação); Jorge Castro (poesia e fotografias de Abril de 74); João Paulo Oliveira (momentos musicais) e Grupo de Cantares Desportivo Monte Real – Maestro João Vicente (As canções a caminho de Abril).

Seguir-se-á um almoço-convívio, pelas 13H00, no Restaurante da Bateria da Laje. Este almoço carece de inscrição prévia que deverá ocorrer até ao próximo dia 15 de Abril. A ementa, para além de entradas variadas, consta de bacalhau com broa ou bochechas de porco c/arroz, devendo cada interessado informar-nos de qual a sua escolha.

– DIA 28 de Abril, sexta-feira | 18H30 – Casa da Malta | Sessão do Clube de Leitura 30, com o livro Misericódia, de Lídia Jorge [Clube de Leitura 30 – livros e letras em conversa partilhada, é uma actividade da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, que se propõe dinamizar, sob a coordenação de Fátima Camilo e Helena Duarte a leitura e a escrita dos associados, que adiram ao clube. As sessões são mensais e têm lugar na nossa sede. A participação é de entrada livre para os nossos associados, mas por questões logísticas, carece de inscrição prévia para os ainda não inscritos, que deverá ser feita para endereço geral@espacoememoria.org

 – DIA 29 de Abril, sábado | 16H30 – Casa da Malta | Apresentação do livro Ruídos e Corroídos – Ecos de Tesouros Perdidos (Dez. 2022, Ed. Ruinarte, Fundação das Casas de Fronteira e Alorna) e encontro com o autor Gastão de Brito e Silva, em conversa com Joaquim Boiça. Sinopse: O livro centra-se no registo fotográfico ao longo dos últimos anos e no olhar crítico do autor sobre o arruinamento e degradação de testemunhos importantes do património arquitectónico português.

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Divulgamos um muito interessante artigo, da autoria do Professor José d’Encarnação (19 de Março, 2023: https://duaslinhas.pt/2023/03/o-casal-saloio-de-cascais/), referente à recente inauguração, no Outeiro de Polima, concelho de Cascais, de um espaço museológico dedicado a uma realidade matricial de toda esta região envolvente de Lisboa – a comunidade saloia, seus usos e costumes – que se vai, inexoravelmente, perdendo.

Não seria do maior interesse que este exemplo frutificasse, também, em Oeiras?

O CASAL SALOIO DE CASCAIS

Ameaçara chuva, mas, afinal, o tempo aguentou-se e foi possível fazer a cerimónia no pátio lajeado do casal, de alfarrobeira ao meio, a lembrar as gentes de fora. O calor entusiasmado dos presentes aqueceu muitos corações!

Por José d’Encarnação

Nem sequer os responsáveis camarários esperariam tamanha afluência, tamanho entusiasmo. É que a revitalização do casal saloio de Outeiro de Polima, além de ser uma aspiração geral, muito tinha a dizer a esta população do interior do concelho de Cascais. Revia-se ali, naquelas paredes, naqueles objectos, naquela reconstituída vivência – que fora a sua na juventude, que fora a de seus pais e avós.Muitas alfaias, muitas fotografias. Num desafio: «Olha, esta é a Maria!», «Olha, isto é em Manique!», «Olha, esta era a foice que a gente usava!».Disse o presidente da Junta que se concretizara um sonho; disse o director municipal da Cultura que se concretizara um sonho; repetiu-o o Presidente da Município.

Era bem visível a alegria de todos e o Director do Departamento do Património, Doutor João Miguel Henriques, não hesitou em enumerar quantos tinham contribuído para que o sonho se tornasse realidade. De facto, a obra resultou do empenhamento de uma vasta equipa, só possível porque todos sentiam estar a contribuir para dar vida a uma aspiração, a consolidar uma memória.

Insistiu-se: Cascais não é só o litoral, é também a região saloia, cujos habitantes – para além, agora, dos muitos imigrantes vindos das mais variadas zonas de todo o Portugal – descendem dos que, no tempo dos Árabes, cultivavam a terra para abastecer de alimentos a cidade de Lisboa. Um orgulho, afinal!

Vale a pena visitar com tempo todas e cada uma das dependências, dotadas de um projecto museológico digno. No final do percurso, depois do mundo agrícola, do mundo do trabalho da pedra, da cozinha, passa-se pela antecâmara que dá acesso à escada para o quarto de dormir, no 2º piso. Invocam-se as entidades proporcionadoras de um sono bom; imagina-se a noite, desce-se pela escada exterior e baixa-se a cabeça para espreitar o curral, onde outras maravilhas inesperadas se deixam admirar também.

De algo de muito importante agora se tomou consciência: a possibilidade de se recolherem alfaias em desuso, fotografias antigas. Que o Povo agora vê que esses objectos, aparentemente sem interesse e porventura destinados ao lixo, constituem memórias a preservar, estão cheios de histórias por contar. Aos netos e, também, para quem tem vivido em artificiais meios urbanos e nem sabe distinguir uma espiga de trigo da de cevada!

Parabéns!

As alfaias

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– No próximo dia 02 de Abril, domingo, às 10H30, a Espaço e Memória, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, efectuará uma visita orientada ao Jardim do Palácio Marquês de Pombal: recantos e terraços ajardinados, pátio das Araucárias, escadarias nobres, artes decorativas associadas, jardim recriado de Ribeiro Telles, Jardim das 4 Estações e Adega, com José Meco, e Cascata dos Poetas, com Fátima Barros.

Local de encontro: entrada do Palácio Marquês de Pombal.

Fotografias de Fátima Camilo:

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Fotografias de Jorge Castro:

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Divulgamos aos nossos Associados esta iniciativa que conta com a participação de Margarida Magalhães Ramalho e de Joaquim Boiça e que reputamos do maior interesse.

Texto de divulgação da autoria do moderador, João Aníbal Henriques:

«Caros amigos, académicos e cascalenses,

Na noite do próximo dia 30 de Novembro (Quarta-feira), às 21h00, estarei na Fortaleza de Nossa Senhora da Luz, no final do Passeio Maria Pia (Clube Naval), em Cascais, para moderar uma conversa extraordinária entre a Margarida Magalhães Ramalho e o Joaquim Boiça sobre as origens daquela mítica (e mística) fortificação de Cascais.

A noite, evocando o monstrengo que Fernando Pessoa eternizou na sua “Mensagem”, recupera a ideia de um Portugal por cumprir que os laivos da madrugada de 1 de Dezembro fizeram despertar. Porque a antemanhã é um instante fugaz, pleno e total. Aquela parcela de um mero segundo quando a
noite já não existe mas em que o dia tarda em chegar… Um pedaço de tempo que Santo Agostinho diz não pertencer ao passado, nem ao presente e nem ao futuro. Eterno, enfim… Porque total.

Depois da conversa teremos visitas guiadas à Fortaleza de Nossa Senhora da Luz e à vetusta Torre de Santo António de Cascais. Os monumentos mais antigo construídos na nossa vila mas que são infelizmente muito poucos os Cascalenses que tiveram a oportunidade de visitar.

E em fundo, a enquadrar em harmonia os ecos dos passos que ainda por ali se ouvem daqueles que neste lugar nos precederam, a voz inesquecível da fadista Deolinda, ao ritmo de uma viola de fado e dos acordes únicos de uma guitarra portuguesa.

Porque o Cascais que vivemos tem o aroma, a cor e o som que nos enche a Alma!

A entrada é gratuita e não é preciso marcação. Basta chegar, entrar e regressar a casa com uma memória daquelas que passam a fazer parte desta vida que urge despertar!

Até porque, “[…] o som na treva de ele rodar; Faz mau o sono, triste o sonhar; Rodou e foi-se o mostrengo servo; Que seu senhor veio aqui buscar. Que veio aqui seu senhor chamar – Chamar Aquele que está dormindo; E foi outrora Senhor do Mar”…

Terei muito gosto em recebê-los por lá!

João Aníbal Henriques»

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