Personalidades


Eunice Muñoz (1928-2022)


Posted By on Abr 15, 2022

Manifestando o nosso imenso pesar pelo falecimento deste nome maior do teatro português, com a devida vénia estamos solidários e subscrevemos integralmente a mensagem da Associação Cultural A Voz de Paço de Arcos, que nos chegou pela mão do nosso associado José Marreiro e que aqui se reproduz (https://avozdepacodearcos.org/eunice-munoz-1928-2022/):

«O voto de pesar da Associação Cultural A Voz de Paço de Arcos pelo falecimento de Eunice Muñoz, ícone do cinema, televisão e estrela maior dos teatros nacionais.

Eunice Muñoz (Paço d’Arcos) 1988
Pepe Diniz – Inv. 93FP274 CDAMG

Associada de Honra, com o nº100 da nossa Associação, colaborando regularmente com o Jornal e participando em eventos, numa relação próxima com a nossa comunidade, é em Paço de Arcos acarinhada por todos os que com ela conviveram, pois o seu sorriso era um traço comum e natural que nunca iremos esquecer.

Apaixonada pela vida e pelo teatro, levou literalmente até ao fim a sua celebrada carreira, marcada por personagens que acompanharam gerações de portugueses. A grande dama dos palcos nacionais morreu esta sexta-feira, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, aos 93 anos.

Filha e neta de atores de teatro e de artistas de circo, Eunice Muñoz estreou-se aos 13 anos de idade no Teatro Nacional D. Maria II, e desde então, com o seu talento, conquistou o coração de todos os portugueses. Ao longo da sua carreira, deu vida a personagens em “muito mais de 100 peças” de teatro, cruzando quase todos os géneros dramáticos, participou em, pelo menos 16 filmes e em diversas telenovelas.

No ano de 1969 a desilusão de Eunice perante o panorama teatral da época levou a que formasse uma companhia com o grande ator, o Paçodearquense José de Castro, a companhia “Somos Dois” que se destinava a levar a efeito uma longa tournée por Angola e Moçambique.

No Teatro Experimental de Cascais, foi uma das “Criadas”, de Jean Genet, juntamente com Glicínia Quartin e Lurdes Norberto (1972); foi “Fedra” (1969) e “A Maluquinha de Arroios” (1966); fez “Madame” com a atriz brasileira Eva Wilma (2000), esteve no Politeama ao lado de Ruy de Carvalho em “A Casa do Lago (2002)”, rejuvenesceu em “O Comboio da Madrugada” (2011).

Em 1997, o antigo Cine Teatro de Oeiras ganhou o seu nome, e em abril do ano passado, a Atriz foi, nesse palco, condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, no agora Auditório Municipal Eunice Muñoz.

Eunice acalentava o desejo de terminar a carreira no palco que a viu nascer como atriz, o Teatro Nacional D. Maria II, ao longo de 2021, contracenou com a neta Lídia Muñoz, na peça “A margem do tempo”, em diferentes palcos do país, numa digressão que culminou a 28 de novembro no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, exatamente 80 anos após a sua estreia, concretizando assim esse seu desejo.

Tenho noção de que vou morrer. Cá estou à espera, quando Deus quiser

Eunice Muñoz (1928-2022)

À família enlutada, enviamos as mais sentidas condolências.»

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No próximo dia 08 de Março (próxima terça feira), como primeiro passo de uma série de iniciativas que pretendemos relançar com regularidade, iremos comemorar o Dia Internacional da Mulher.

Esta celebração ocorrerá a partir das 19 horas e terá lugar no Chá da Barra (junto ao Palácio do Egipto), em Oeiras.

Como convidada contaremos com Helena Neves, feminista, professora universitária e investigadora nas áreas de Filosofia, Sociologia, Estudos sobre o Género e História de Movimentos de Mulheres, que foi, também, deputada parlamentar do Bloco de Esquerda de 1999 a 2002.

À conversa com a nossa convidada seguir-se-á um jantar de convívio.

O acesso, atendendo à dimensão da sala – 48 pessoas será o limite máximo – , está dependente de prévia inscrição, que deverá ser efectuada através do geral@espacoememoria.org, até ao próximo dia 04 de Março.

Contamos convosco.

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É com profundo pesar e tristeza que comunicamos o falecimento de Júlio Conrado Martins Custódio, sócio honorário da nossa Associação.
A Direcção da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, em nome de todos os seus associados apresenta as mais sentidas condolências à esposa, filhas, restante família e amigos pela partida deste nosso Amigo.

Júlio Conrado nasceu em Olhão em 1936, vivendo no concelho de Cascais desde os três anos.
Romancista, poeta, dramaturgo, crítico literário. Foi funcionário da Câmara de Municipal de Cascais, bancário e Director-Executivo da Fundação D. Luís I.
Publicou o seu primeiro livro (contos) em 1963 e o primeiro ensaio literário na imprensa de âmbito nacional em 1965 (Diário de Lisboa).
Tem colaboração dispersa por Jornal de Notícias, Diário de Lisboa, O Século, A Capital e República. Colaborações nas revistas de cultura Latitudes, Paris, e Rua Larga, da Reitoria da Faculdade de Letras de Coimbra, A Página da Educação, Porto, revista O Escritor, da Associação Portuguesa de Escritores e na revista on line Triplov. Durante vários anos assegurou o balanço literário no Jornal O Século. Exerceu crítica literária na Vida Mundial, no Diário Popular, no Jornal de Letras e na revista Colóquio Letras. Em 1964 fez parte da equipa fundadora do Jornal da Costa do Sol, jornal de que viria a ser director, a convite do seu amigo Jorge Miranda, por um curto período nos anos noventa (1994-1996). A página literária Texto e Diálogo, por si dirigida, surgiu neste jornal nos anos oitenta. Coordenou, com José Correia Tavares, o jornal Loreto 13, da Associação Portuguesa de Escritores. Coordenou ainda a revista de cultura e pensamento, Boca do Inferno, editada pela Câmara Municipal de Cascais. Está ligado às principais organizações portuguesas de escritores – Associação Portuguesa de Escritores, Pen Clube Português, Centro Português da Associação Internacional dos Críticos Literários e Associação Portuguesa dos Críticos Literários de cujos corpos sociais faz ou fez parte. Integrou os júris dos principais prémios literários portugueses. Participou, com comunicações, em congressos e encontros de escritores realizados em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente: Havana, Neptun (Roménia), Nuoro (Sardenha), Lyon, Madrid, Valsini (Itália), Roma, Ripi (Itália), Maputo e Natal (Brasil). Fez parte das comissões executivas do II Congresso dos Escritores Portugueses (1982), I Congresso dos Escritores de Língua Portuguesa (Lisboa, 1989) e Colóquio da Associação Internacional dos Críticos Literários, (Lisboa, 1994); juntamente com Salvato Teles de Menezes, foi comissário para a literatura na Bienal da Utopia, (Cascais, 1997).
Foi integrado na representação portuguesa que se deslocou, em 2000, ao Salon du Livre, de Paris, por iniciativa da editora L’Inventaire, e no qual foi apresentada a versão francesa de Era a Revolução (C’était la Revolution), livro a que o jornal Le Monde se referiu elogiosamente. Como tradutor, Júlio Conrado verteu para português D. Carlos I, Rei de Portugal, do escritor francês Jean Pailler (2002) e traduziu do francês Isabel de Portugal, Princesa da Borgonha, de Daniel Lacerda (2009). Enquanto autor, alguns dos seus trabalhos estão traduzidos em alemão, francês, húngaro, inglês e grego.
A sua obra está referenciada em: Dicionário da Literatura, org. Jacinto do Prado Coelho, actualização de Ernesto Rodrigues, Pires Laranjeira e José Viale Moutinho; Biblos, ed. Verbo; Dicionário Cronológico dos Autores Portugueses, PEA / Instituto Português do Livro e da Leitura; O Grande Livro dos Portugueses, Círculo de Leitores; A Enciclopédia, Verbo / Público, Projecto Vercial (Internet). Figura com um pequeno ensaio na antologia organizada por Eugénio Lisboa, Estudos sobre Jorge de Sena e a sua obra é referida em Outros Sentidos da Literatura, de Duarte Faria, A Paisagem Interior, de José Fernando Tavares, Verso e Prosa de Novecentos, de Ernesto Rodrigues, Ficção Portuguesa de Após-Abril, de Ramiro Teixeira, Breves & Longas no País das Maravilhas e Itinerário, de Annabela Rita, Arca de Gutenberg, de Serafim Ferreira e Ensaios de Escreviver, de Urbano Tavares Rodrigues. Eduardo Lourenço menciona Era a Revolução no livro de ensaios O Canto do Signo. A maioria das comunicações que apresentou em congressos da A.I.C.L. está publicada em versão francesa na revista desta organização internacional de críticos literários, sedeada em Paris. Escreveu prefácios para livros de José Jorge Letria, Salvato Teles de Menezes, Luís Souta, Ana Viana, José d’Encarnação, Jorge Marcel e Paulo Alexandre. Colaborou com depoimentos no catálogo alusivo aos 50 anos de vida literária de Fernando Namora, nos volumes A David e A Sophia com que na morte dos poetas o Pen Clube Português os homenageou, no livro Leituras de José Marmelo e Silva, organizado por Ernesto Rodrigues, e com um balanço literário no catálogo do Instituto do Livro para a Bienal de S. Paulo de 1992. Em 2008 foi publicado o livro de carreira De Tempos a Tempos, trabalho que cobre quarenta e cinco anos de vida literária e constitui uma bem documentada panorâmica da sua obra, na qual são de salientar textos da autoria de alguns dos mais importantes críticos e ensaístas literários do seu tempo, tais como Fernando J. B. Martinho, Manuel Simões, Manuel Villaverde Cabral, Jorge Listopad, Annabela Rita, João Gaspar Simões, Ramiro Teixeira, Duarte Faria, João Rui de Sousa, Serafim Ferreira, Maria Estela Guedes, Maria Fernanda de Abreu, Pires Laranjeira, Ernesto Rodrigues, José Fernando Tavares, Cristina Robalo Cordeiro, António Augusto Menano, Liberto Cruz, Eugénio Lisboa, António Cândido Franco, Luísa Mellid-Franco, José do Carmo Francisco, Appio Sottomayor, José Viale Moutinho, Urbano Tavares Rodrigues e J. C. Vilhena Mesquita, entre outros.

Obras de Júlio Conrado:

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Ontem, dia 23 de Outubro, integrando as iniciativas da Festa Passa a Palavra, em Oeiras, o nosso associado João Paulo Oliveira brindou-nos com um marcante momento de boas canções, de que deixamos aqui breve apontamento, com o tema Canção para o meu amor não se perder no mercado de concorrência, com letra de Manuel Alegre e música de Joaquim Campos.

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Em deambulações pelo «facebook», em 13 de Maio passado, recolhemos este testemunho de Vítor Serrão sobre José Meco que, reconhecidamente, não queremos deixar de divulgar:

«O BOM GIGANTE da História da Arte chama-se José Meco e faz hoje sessenta e nove anos. Não existem muitos sábios assim e não podemos dar-nos ao luxo de os esquecer. Desde há muito reconhecido como nome-referência no campo da Azulejaria, é o maior entusiasta do estudo, salvaguarda e divulgação do Património artístico português no Mundo. Um senhor grande de alma cheia e paixão sem limite, cujo saber sobre azulejo, cerâmica, talha, mobiliário, escultura, artes decorativas, e também sobre arquitectura e as demais artes, atinge dimensão internacional. Tudo o que existe à face da Terra que tenha a ver com o Azulejo enquanto traço vernáculo da nossa cultura já foi em algum momento visto, identificado e valorizado pelo Zé Meco ! Todavia, tanto saber rima com uma modéstia e discrição sem limites, pelo que a sua obra imensa, dispersa por revistas, catálogos, actas de congresso, relatórios e artigos, reclama com urgência uma edição-síntese sobre o sentir dos acervos azulejares portugueses. Um livro imperioso — para quando ?»

(https://www.facebook.com/100001766334152/posts/3863676963701143/?sfnsn=mo)

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Alice Vieira nasceu em Lisboa no ano de 1943.
Trabalhou no Diário de Lisboa, no Diário Popular e no Diário de Notícias, de onde saiu para se dedicar inteiramente à escrita. É autora de romances e poesia, com destaque para a literatura infantil e juvenil. “Rosa, minha irmã Rosa”, “Úrsula, a maior”, “Viagem à roda do meu nome” e “Meia hora para mudar a minha vida” são alguns dos livros publicados.
Alice Vieira é uma das mais importantes escritoras portuguesas para jovens, tendo ganho grande projeção nacional e internacional. Foi igualmente apresentada por duas vezes, como candidata ao ALMA (Astrid Lindgren Memorial Award).
As suas obras foram traduzidas para várias línguas, como o alemão, o búlgaro, o espanhol, o galego, o catalão, o francês, o húngaro, o holandês, o russo, o italiano, o chinês, o servo-croata e o coreano
Muitos dos seus livros fazem parte do Plano Nacional de Leitura e é, nesse âmbito, que se tem deslocado às escolas de todo o país, uma parte da sua atividade que diz gostar particularmente.
Assista em directo a esta conversa promovida pela Camara Municipal de Oeiras e produzida por The Book Company.
Caso pretenda colocar alguma questão à autora, envie antecipadamente a mesma via email para: lerolhosnosolhos@tbco.pt
A Espaço e Memória é parceira deste evento pelo que pode assistir ao mesmo na página da Associação em:
https://pt-pt.facebook.com/espbcomemoria

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