Conforme anunciado, decorreu no passado dia 10 de Dezembro, no Hotel Real Oeiras, a nossa confraternização de Natal.
Momento alto da vida da nossa Associação, congratulamo-nos por, desta vez, termos contado com perto de uma centena de associados e alguns amigos, circunstância que não deixa de ser um motivo de incentivo para o futuro e regozijo pelo presente.
A este almoço seguiu-se a exposição, na nossa sede, da colecção de objectos com memória, que constituiu o acervo disponibilizado pelos nossos associados para a realização do nosso livro anual que, por isso mesmo leva o nome de Palavras e Objectos com Espaço e com Memória – 2022 e que se encontra disponível para os nossos associados que nele estiverem interessados.
Com os nossos votos de Boas Festas e de um Novo Ano pleno de boas e felizes realizações, aqui deixamos uma «colecção» de fotografias obtidas nas duas iniciativas, não apenas para memória futura mas como curiosidade no presente, também.
As fotografias são da autoria de Eduardo Martins, Fátima Camilo, Guilherme Cardoso e Lídia Castro, a quem muito agradecemos pela cedência.
Manuel Dias Duarte, nascido em Lisboa, em 1943, foi professor de Filosofia, tendo-se dedicado como Orientador de Estágio à formação de professores, na Escola Secundária Sebastião e Silva (Oeiras) e na Escola Secundária de Carcavelos.
Lecionou igualmente na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, no Instituto de Serviço Social e na Escola Superior de Educação Jean Piaget (Almada). Foi co-autor de manuais escolares para os 10º, 11º e 12º anos, na Texto Editores e na Didáctica Editora, de parceria com Manuel Peixe Dias.
Colaborou em jornais e revistas (desde os antigos República, A Capital e Diário de Lisboa ao O Professor, à Vértice, Revista de Humanidades e Tecnologias da Universidade Lusófona, etc.) com textos sobre pedagogia, filosofia e história da filosofia. Dirigiu a colecção Referências na Editora Vega. Pertenceu à Comissão Organizadora do Congresso da International Hegel Geselschaft, realizado, em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1975. Bem como de dois Congressos sobre o Ensino da Filosofia, enquanto membro da Direcção da Sociedade Portuguesa de Filosofia.
Membro fundador da Sociedade Portuguesa de Filosofia, da Associação de Professores de Filosofia, sediada em Coimbra, e do Movimento dos Educadores para a Paz, presentemente é conferencista convidado e professor nas universidades séniores de Benfica (UNISBEN), UNIESTE (no Clube Estefânia) e da Junta de Freguesia de Alcântara.
PUBLICAÇÕES
No campo da Filosofia e da Pedagogia: Objectivos, estratégias e avaliação no Secundário – o exemplo da Filosofia (Livros, Horizonte, 1983); História da Filosofia em Portugal nas suas conexões políticas e sociais (Livros Horizonte, 1987); História de Portucália. Uma História de Portugal no feminino (Editora Ausência, 2004, esgotado); Os Sete Sábios. Vidas, doutrinas e sentenças (Nova Vega, 2006); Vidas, opiniões e sentenças de pré-socráticos ilustres (Editora Fonte da Palavra, 2013); Freud – psicanálise e cultura (Editora Fonte da Palavra, 2014); Questões do marxismo (Editora Fonte da Palavra, 2014); Mulheres com poder e autoridade. Contributos para a reintegração das mulheres na História (Editora Fonte da Palavra, Iº Volume, 2014; IIº e IIIº Volumes, Editora Fénix, 2015).
No campo da ficção: Pedra da Lua (Editora Ausência, 1999, esgotado); Semelhante à bondade da Primavera (Editora Ausência, 2002, esgotado); Don Giovanni em Lisboa (Edições Cosmos, 2008); Barco encalhado na areia (Editora Fonte da Palavra, 2011);
Angelina, uma mulher do povo na I República – Crónica de uma vida (Editora Fonte da Palavra, 2010); O professor Simão Botelho (Fonte da Palavra, 2013); Um outro Werther (Editora Fénix, 2015); O primo Bazilio ou os dissolutos absolvidos (Editora Fénix, 2015).
Divulgamos aos nossos Associados esta iniciativa que conta com a participação de Margarida Magalhães Ramalho e de Joaquim Boiça e que reputamos do maior interesse.
Texto de divulgação da autoria do moderador, João Aníbal Henriques:
«Caros amigos, académicos e cascalenses,
Na noite do próximo dia 30 de Novembro (Quarta-feira), às 21h00, estarei na Fortaleza de Nossa Senhora da Luz, no final do Passeio Maria Pia (Clube Naval), em Cascais, para moderar uma conversa extraordinária entre a Margarida Magalhães Ramalho e o Joaquim Boiça sobre as origens daquela mítica (e mística) fortificação de Cascais.
A noite, evocando o monstrengo que Fernando Pessoa eternizou na sua “Mensagem”, recupera a ideia de um Portugal por cumprir que os laivos da madrugada de 1 de Dezembro fizeram despertar. Porque a antemanhã é um instante fugaz, pleno e total. Aquela parcela de um mero segundo quando a noite já não existe mas em que o dia tarda em chegar… Um pedaço de tempo que Santo Agostinho diz não pertencer ao passado, nem ao presente e nem ao futuro. Eterno, enfim… Porque total.
Depois da conversa teremos visitas guiadas à Fortaleza de Nossa Senhora da Luz e à vetusta Torre de Santo António de Cascais. Os monumentos mais antigo construídos na nossa vila mas que são infelizmente muito poucos os Cascalenses que tiveram a oportunidade de visitar.
E em fundo, a enquadrar em harmonia os ecos dos passos que ainda por ali se ouvem daqueles que neste lugar nos precederam, a voz inesquecível da fadista Deolinda, ao ritmo de uma viola de fado e dos acordes únicos de uma guitarra portuguesa.
Porque o Cascais que vivemos tem o aroma, a cor e o som que nos enche a Alma!
A entrada é gratuita e não é preciso marcação. Basta chegar, entrar e regressar a casa com uma memória daquelas que passam a fazer parte desta vida que urge despertar!
Até porque, “[…] o som na treva de ele rodar; Faz mau o sono, triste o sonhar; Rodou e foi-se o mostrengo servo; Que seu senhor veio aqui buscar. Que veio aqui seu senhor chamar – Chamar Aquele que está dormindo; E foi outrora Senhor do Mar”…
A MAPA e a Espaço e Memória celebraram, no passado dia 27 de Novembro, em Oeiras, Adriano Correia de Oliveira, pelas mãos e sentires de João Paulo Oliveira e Jorge Castro. No auditório da Casa da Malta muito confortavelmente preenchido, teve, então, lugar mais essa homenagem… porque nunca serão demais. E tal como encerra o texto de Samuel Quedas que foi apresentado também nesta celebração, diremos: Que viva o Adriano! Sempre!
A pedido, aqui se publica o poema da autoria de Jorge Castro e dedicado a Adriano, com que foi encerrada a sessão:
ao Adriano
não sei cantar para ti como cantaste numa noite coimbrã de fogo aceso corações eles foram tantos os que tocaste tal o meu também voando estando preso
vens de um tempo de afrontas sufocadas de grilhões prendendo mãos e pensamento nesse tempo em que ao som de guitarradas descobrimos ser tão livres como o vento
era um tempo de combate e as duras pedras já cantavam na tão velha escadaria era negra-negra a noite e as capas negras mas em cada olhar a esperança renascia
na denúncia do algoz soltando amarras como arauto no combate à força bruta a tua voz na plangência das guitarras ia unindo a alma e o corpo à mesma luta
era de Maio a cor que então cantavas ou de Abril naquele Inverno descontente e o calor de rubras flores com que voavas era o azul de um novo céu de nova gente
eram cores e sons de Abril que já trazias num assombro de poesias perturbadas e cantavas naus giestas e alegrias que fazias ser em nós gume de espadas
à razão deste voz que não se guarda pressentindo um pulsar que se inquieta foste o canto a arma e a mão que não se atarda o percurso firme e tenso de uma seta
ao canto deste a vida e foste esperança conjugaste em tom diverso o verbo dar e adivinho o Adriano na criança que ali corre vida fora junto ao mar
porque somos apenas de terra e barro já partiste irmão maior mas entretanto se nas cinzas se amortalha o teu cigarro fica em nós presente o grito do teu canto.
NOTA – Por razõesde organização, esta sessão ficou adiada para o próximo dia 03 de Dezembro (sábado), no mesmo local, às 15:00 horas.
… no auditório da Casa da Malta, teremos como convidado Jorge H. Lima Basto que nos trará o tema «Há 100 Anos… a Aventura da Aviação. Evocação das travessias aéreas portuguesas do Atlântico Sul».
O programa deste encontro é o seguinte:
1. Apresentação do documentário “Atlântico Sul – as viagens aéreas dos portugueses», realizado por Manuel Gardete (2022) – 30 minutos: entrevista a dois Historiadores sobre a) Travessia Aérea do Atlântico Sul em 1922 (Sacadura Cabral (piloto) e Gago Coutinho (navegador). b) Travessia Aérea Noturna do Atlântico Sul em 1927 (Sarmento Beires e Duvalle Portugal (pilotos), Manuel Gouveia (mecânico) e Jorge de Castilho (navegador).
2. Apresentação em *powerpoint* sobre a construção da réplica do Hidroavião “Santa Cruz” (1972), aeronave que concluiu a viagem Lisboa – Rio de Janeiro.
3. Espaço para perguntas e respostas.
Juntamos, de seguida, um artigo sobre esta temática publicado por Jorge H. Lima Basto no nº 81 (Agosto, Setembro e Outubro de 2022) do Boletim da A.F.A.P. (Associação da Força Aérea Portuguesa):
14-12 2025 - Da nossa associada Ana T. Freitas uma nova iniciativa de um poema na vila:
«O frio está aí e Dezembro, naturalmente. A próxima sessão de poesia de um poema na vila vai acontecer no dia 14de Dezembro de 2025, às 15h, na Galeria do Mercado Municipal de Coruche. O tema é viajar entre versos. Viajemos. Contamos consigo.»
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com a Espaço e Memória (2023)