Manuel Dias Duarte, nascido em Lisboa, em 1943, foi professor de Filosofia, tendo-se dedicado como Orientador de Estágio à formação de professores, na Escola Secundária Sebastião e Silva (Oeiras) e na Escola Secundária de Carcavelos.
Lecionou igualmente na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, no Instituto de Serviço Social e na Escola Superior de Educação Jean Piaget (Almada). Foi co-autor de manuais escolares para os 10º, 11º e 12º anos, na Texto Editores e na Didáctica Editora, de parceria com Manuel Peixe Dias.
Colaborou em jornais e revistas (desde os antigos República, A Capital e Diário de Lisboa ao O Professor, à Vértice, Revista de Humanidades e Tecnologias da Universidade Lusófona, etc.) com textos sobre pedagogia, filosofia e história da filosofia. Dirigiu a colecção Referências na Editora Vega. Pertenceu à Comissão Organizadora do Congresso da International Hegel Geselschaft, realizado, em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1975. Bem como de dois Congressos sobre o Ensino da Filosofia, enquanto membro da Direcção da Sociedade Portuguesa de Filosofia.
Membro fundador da Sociedade Portuguesa de Filosofia, da Associação de Professores de Filosofia, sediada em Coimbra, e do Movimento dos Educadores para a Paz, presentemente é conferencista convidado e professor nas universidades séniores de Benfica (UNISBEN), UNIESTE (no Clube Estefânia) e da Junta de Freguesia de Alcântara.
PUBLICAÇÕES
No campo da Filosofia e da Pedagogia: Objectivos, estratégias e avaliação no Secundário – o exemplo da Filosofia (Livros, Horizonte, 1983); História da Filosofia em Portugal nas suas conexões políticas e sociais (Livros Horizonte, 1987); História de Portucália. Uma História de Portugal no feminino (Editora Ausência, 2004, esgotado); Os Sete Sábios. Vidas, doutrinas e sentenças (Nova Vega, 2006); Vidas, opiniões e sentenças de pré-socráticos ilustres (Editora Fonte da Palavra, 2013); Freud – psicanálise e cultura (Editora Fonte da Palavra, 2014); Questões do marxismo (Editora Fonte da Palavra, 2014); Mulheres com poder e autoridade. Contributos para a reintegração das mulheres na História (Editora Fonte da Palavra, Iº Volume, 2014; IIº e IIIº Volumes, Editora Fénix, 2015).
No campo da ficção: Pedra da Lua (Editora Ausência, 1999, esgotado); Semelhante à bondade da Primavera (Editora Ausência, 2002, esgotado); Don Giovanni em Lisboa (Edições Cosmos, 2008); Barco encalhado na areia (Editora Fonte da Palavra, 2011);
Angelina, uma mulher do povo na I República – Crónica de uma vida (Editora Fonte da Palavra, 2010); O professor Simão Botelho (Fonte da Palavra, 2013); Um outro Werther (Editora Fénix, 2015); O primo Bazilio ou os dissolutos absolvidos (Editora Fénix, 2015).
Divulgamos aos nossos Associados esta iniciativa que conta com a participação de Margarida Magalhães Ramalho e de Joaquim Boiça e que reputamos do maior interesse.
Texto de divulgação da autoria do moderador, João Aníbal Henriques:
«Caros amigos, académicos e cascalenses,
Na noite do próximo dia 30 de Novembro (Quarta-feira), às 21h00, estarei na Fortaleza de Nossa Senhora da Luz, no final do Passeio Maria Pia (Clube Naval), em Cascais, para moderar uma conversa extraordinária entre a Margarida Magalhães Ramalho e o Joaquim Boiça sobre as origens daquela mítica (e mística) fortificação de Cascais.
A noite, evocando o monstrengo que Fernando Pessoa eternizou na sua “Mensagem”, recupera a ideia de um Portugal por cumprir que os laivos da madrugada de 1 de Dezembro fizeram despertar. Porque a antemanhã é um instante fugaz, pleno e total. Aquela parcela de um mero segundo quando a noite já não existe mas em que o dia tarda em chegar… Um pedaço de tempo que Santo Agostinho diz não pertencer ao passado, nem ao presente e nem ao futuro. Eterno, enfim… Porque total.
Depois da conversa teremos visitas guiadas à Fortaleza de Nossa Senhora da Luz e à vetusta Torre de Santo António de Cascais. Os monumentos mais antigo construídos na nossa vila mas que são infelizmente muito poucos os Cascalenses que tiveram a oportunidade de visitar.
E em fundo, a enquadrar em harmonia os ecos dos passos que ainda por ali se ouvem daqueles que neste lugar nos precederam, a voz inesquecível da fadista Deolinda, ao ritmo de uma viola de fado e dos acordes únicos de uma guitarra portuguesa.
Porque o Cascais que vivemos tem o aroma, a cor e o som que nos enche a Alma!
A entrada é gratuita e não é preciso marcação. Basta chegar, entrar e regressar a casa com uma memória daquelas que passam a fazer parte desta vida que urge despertar!
Até porque, “[…] o som na treva de ele rodar; Faz mau o sono, triste o sonhar; Rodou e foi-se o mostrengo servo; Que seu senhor veio aqui buscar. Que veio aqui seu senhor chamar – Chamar Aquele que está dormindo; E foi outrora Senhor do Mar”…
A MAPA e a Espaço e Memória celebraram, no passado dia 27 de Novembro, em Oeiras, Adriano Correia de Oliveira, pelas mãos e sentires de João Paulo Oliveira e Jorge Castro. No auditório da Casa da Malta muito confortavelmente preenchido, teve, então, lugar mais essa homenagem… porque nunca serão demais. E tal como encerra o texto de Samuel Quedas que foi apresentado também nesta celebração, diremos: Que viva o Adriano! Sempre!
A pedido, aqui se publica o poema da autoria de Jorge Castro e dedicado a Adriano, com que foi encerrada a sessão:
ao Adriano
não sei cantar para ti como cantaste numa noite coimbrã de fogo aceso corações eles foram tantos os que tocaste tal o meu também voando estando preso
vens de um tempo de afrontas sufocadas de grilhões prendendo mãos e pensamento nesse tempo em que ao som de guitarradas descobrimos ser tão livres como o vento
era um tempo de combate e as duras pedras já cantavam na tão velha escadaria era negra-negra a noite e as capas negras mas em cada olhar a esperança renascia
na denúncia do algoz soltando amarras como arauto no combate à força bruta a tua voz na plangência das guitarras ia unindo a alma e o corpo à mesma luta
era de Maio a cor que então cantavas ou de Abril naquele Inverno descontente e o calor de rubras flores com que voavas era o azul de um novo céu de nova gente
eram cores e sons de Abril que já trazias num assombro de poesias perturbadas e cantavas naus giestas e alegrias que fazias ser em nós gume de espadas
à razão deste voz que não se guarda pressentindo um pulsar que se inquieta foste o canto a arma e a mão que não se atarda o percurso firme e tenso de uma seta
ao canto deste a vida e foste esperança conjugaste em tom diverso o verbo dar e adivinho o Adriano na criança que ali corre vida fora junto ao mar
porque somos apenas de terra e barro já partiste irmão maior mas entretanto se nas cinzas se amortalha o teu cigarro fica em nós presente o grito do teu canto.
NOTA – Por razõesde organização, esta sessão ficou adiada para o próximo dia 03 de Dezembro (sábado), no mesmo local, às 15:00 horas.
… no auditório da Casa da Malta, teremos como convidado Jorge H. Lima Basto que nos trará o tema «Há 100 Anos… a Aventura da Aviação. Evocação das travessias aéreas portuguesas do Atlântico Sul».
O programa deste encontro é o seguinte:
1. Apresentação do documentário “Atlântico Sul – as viagens aéreas dos portugueses», realizado por Manuel Gardete (2022) – 30 minutos: entrevista a dois Historiadores sobre a) Travessia Aérea do Atlântico Sul em 1922 (Sacadura Cabral (piloto) e Gago Coutinho (navegador). b) Travessia Aérea Noturna do Atlântico Sul em 1927 (Sarmento Beires e Duvalle Portugal (pilotos), Manuel Gouveia (mecânico) e Jorge de Castilho (navegador).
2. Apresentação em *powerpoint* sobre a construção da réplica do Hidroavião “Santa Cruz” (1972), aeronave que concluiu a viagem Lisboa – Rio de Janeiro.
3. Espaço para perguntas e respostas.
Juntamos, de seguida, um artigo sobre esta temática publicado por Jorge H. Lima Basto no nº 81 (Agosto, Setembro e Outubro de 2022) do Boletim da A.F.A.P. (Associação da Força Aérea Portuguesa):
Numa parceria entre a MAPA – Associação Cultural e a Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, No ano em que passam 40 anos sobre a sua morte e 80 sobre o seu nascimento, realizaremos uma sessão evocativa e de homenagem a Adriano Correia de Oliveira.
Esta sessão terá lugar na nossa sede (Rua dos Lagares da Quinta – Casa da Malta, em Oeiras), no próximo dia 27 de Novembro (domingo), com início às 17 horas, e contará com a presença de João Paulo Oliveira (canto) e Jorge Castro (poesia).
Biografia de Adriano Correia de Oliveira (in https://pt.wikipedia.org/wiki/Adriano_Correia_de_Oliveira)
Biografia Filho de Joaquim Gomes de Oliveira e da sua mulher, Laura Correia, Adriano mudou-se para Avintes ainda com poucos meses de vida. Criado numa família profundamente católica, a infância de Adriano Correia de Oliveira é marcada pelo ambiente que descreverá mais tarde como «marcadamente rural, entre videiras, cães domésticos e belas alamedas arborizadas com vista para o rio [Douro]».
Após concluir os estudos secundários, no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, Adriano Correia de Oliveira matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1959. Durante os anos passados em Coimbra, tem uma intensíssima participação no meio cultural e desportivo ligado à academia. Viveu na Real República Ras-Teparta, foi solista no Orfeon Académico, membro do Grupo Universitário de Danças e Cantares, ator no CITAC, guitarrista no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica e jogador de voleibol na Briosa.
Na década de 1960 adere ao Partido Comunista Português, envolvendo-se nas greves académicas de 62, contra o salazarismo. Nesse ano foi candidato à Associação Académica de Coimbra, numa lista apoiada pelo MUD.
Data de 1963 o seu primeiro EP, Fados de Coimbra. Acompanhado por António Portugal e Rui Pato, o álbum continha a interpretação de Trova do vento que passa, poema de Manuel Alegre, que se tornaria uma espécie de hino da resistência dos estudantes à ditadura. Em 1967 gravou o álbum Adriano Correia de Oliveira, que, entre outras canções, tinha Canção com lágrimas.
Em 1966 casa-se com Maria Matilde de Lemos de Figueiredo Leite, filha do médico António Manuel Vieira de Figueiredo Leite (Coimbra, Taveiro, 11 de outubro de 1917 – Coimbra, 22 de março de 2000) e da sua mulher Maria Margarida de Seixas Nogueira de Lemos (Salsete, São Tomé, 13 de junho de 1923), depois casada com Carlos Acosta. O casal, que mais tarde se separaria, veio a ter dois filhos: Isabel, nascida em 1967 e José Manuel, nascido em 1971.
Chamado a cumprir o Serviço Militar, em 1967, Adriano Correia de Oliveira ficaria a uma disciplina de se formar em Direito. Ainda em 1969 vê editado o álbum O Canto e as Armas, revelando, de novo, vários poemas de Manuel Alegre. Pela sua obra recebe, no mesmo ano, o Prémio Pozal Domingues. Lança Cantaremos, em 1970, e Gente d’aqui e de agora, em 1971, este último com o primeiro arranjo, como maestro, de José Calvário, e composição de José Niza.
Em 1970, já licenciado da tropa, decide trocar Coimbra por Lisboa, e vai exercer funções no Gabinete de Imprensa da FIL – Feira Industrial de Lisboa, até 1974. Em 1973 lança Fados de Coimbra, em disco, e funda a Editora Edicta, com Carlos Vargas, para se tornar produtor na Orfeu, em 1974.
Com a Revolução dos Cravos, Adriano Correia de Oliveira está entre os fundadores da Cooperativa Cantabril. Em liberdade, esteve envolvido na organização de centenas de iniciativas do PCP em todo o país, nas quais tocou. Integra o Comité Organizador da Festa do Avante! do PCP desde a primeira edição, ao qual pertenceria até à sua morte.[1]
Em 1975 lança Que nunca mais, onde se inclui o tema Tejo que levas as águas. A revista inglesa Music Week elege-o Artista do Ano. Em 1980 lançaria o seu último álbum, Cantigas Portuguesas, ingressando no ano seguinte na Cooperativa Era Nova, em rutura com a Cantabril.
Vítima de uma hemorragia esofágica, morreu na quinta da família, em Avintes, nos braços da sua mãe.
Reconhecimento A 24 de setembro de 1983 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 24 de abril de 1994 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, ambas as condecorações a título póstumo.[2]
Lisboa, Avintes, Charneca da Caparica, Vila Nova de Gaia, Samora Correia, Almada, Barreiro, Grândola, Montijo e Fânzeres (concelho de Gondomar) são algumas das localidades portuguesas em que o seu nome faz parte da toponímia. [3]
Discografia:
Álbuns 1967 – Adriano Correia de Oliveira (LP, Orfeu, XYZ 104) 1969 – O Canto e as Armas (LP, Orfeu, STAT 003) 1970 – Cantaremos (LP, Orfeu, STAT 007) 1971 – Gente de aqui e de agora – LP STAT 010) 1975 – Que nunca mais (LP, Orfeu, STAT 033) 1980 – Cantigas Portuguesas (LP, Orfeu, STAT 067) Compilações 1973 – Fados de Coimbra 1982 – Memória de Adriano 1994 – Fados e baladas de Coimbra 1994 – Obra Completa 1995 – O Melhor dos Melhores 2001 – Vinte Anos de Canções (1960-1980) 2007 – Obra Completa Singles e EP Noite de Coimbra (EP, Orfeu, 1960) [Fado da Mentira/Balada dos Sinos/Canta Coração/Chula] Atep 6025 Balada do Estudante (EP, 1961) [Fado da Promessa/Fado dos Olhos Claros/Contemplação/Balada do Estudante] Atep 6033 Fados de Coimbra (EP, 1961) [Canção dos Fornos/Balada da Esperança/Trova do Amor Lusíada/Fado do Fim do Ano] Atep 6035 Fados de Coimbra (EP, 1962) [Minha Mãe/Prece/Senhora, Partem Tão Tristes/Desengano] Atep 6077 Trova do vento que Passa (EP, 1963) [Trova do Vento que Passa/Pensamento/Capa Negra, Rosa Negra/Trova do Amor Lusíada] Atep 6097 Adriano Correia de Oliveira (EP, 1964) [Lira/Canção da Beira Baixa/Charama/Para que Quero Eu Olhos] Atep 6274 Menina dos Olhos Tristes (EP, 1964) [Menina dos Olhos Tristes/Erguem-se Muros/Canção com Lágrimas/Canção do Soldado] Atep 6275 Elegia (EP, 1967) [Elegia/Barcas Novas/Pátria/Pescador do Rio Triste] Atep 6175 Adriano Correia de Oliveira (EP, 1968) [Para que Quero Eu Olhos/Canção da Terceira/Sou Barco/Exílio] Atep 6197 Rosa de Sangue (EP, Orfeu, 1968) Atep 6237 Cantar de Emigração (EP, Orfeu, 1971) Atep 6400 Trova do Vento Que Passa n.º2 (EP, Orfeu, 1971) Atep 6374 Lágrima de Preta (EP, Orfeu, 1972) Atep 6434 Batalha de Alcácer-Quibir (EP, Orfeu, 1972) Atep 6457 O Senhor Morgado (EP, Orfeu, 1973) Atep 6542 A Vila de Alvito (EP, Orfeu, 1974) Atep 6588 Para Rosalía (EP, Orfeu, 1976) Atep 6604 Notícias de Abril (Single, Orfeu, 1978) [Se Vossa Excelência…/Em Trás-os-Montes à Tarde] KSAT 633
Como habitualmente, a Espaço e Memória organiza o seu almoço de Natal. Tal como em 2021, neste ano o local seleccionado é o Hotel Real de Oeiras (ver morada abaixo).
Por razões que se prendem com a reserva do espaço, estamos a solicitar aos interessados que nos façam chegar as inscrições até ao próximo dia 25 de Novembro, sem falta. A inscrição deverá ser efectuada através de mensagem enviada para o geral@espacoememoria.org.
Durante o almoço será distribuído o nosso costumeiro livro de Natal, elaborado com a participação dos nossos associados.
Para este ano e como surpresa adicional, teremos Palavras e OBJECTOS com Espaço e com Memória – 2022, contando, ainda, poder disponibilizar uma surpresa em cima da surpresa…
Hotel Real Oeiras Morada – Rua Álvaro Rodrigues de Azevedo nº 5, 2770-197 Paço de Arcos – Dia 10 de Dezembro – das 12h30 às 16h30
Menu Buffet – EMENTA:
– Saladas simples: Alface, pepino, tomate, cenoura, milho – Molhos: Cocktail, Iogurte, Vinagrete – Salada de grão com bacalhau – Salada de polvo – Carpaccio de Novilho com rúcula e parmesão – Seleção de Queijos – Seleção de Enchidos – 4 variedades de mini salgadinhos – Sopa: Creme de Espargos – Prato de Peixe: Bacalhau à Lagareiro com batata a murro e grelos salteados – Prato de Carne: Peru recheado com castanhas, arroz de açafrão e frutos secos – Bolo Rei – Sonhos – Azevias – Arroz-Doce – Farófias com creme inglês – Mousse de chocolate – Fruta Laminada. – Vinho branco e tinto seleção Hotel Real Oeiras – Águas minerais, sumos, refrigerantes, cerveja – Café, chá e broas de mel
Preço especial para sócios: 25 euros Preço para não sócios: 35 euros
2024-11-23 - Ana Camilo informa-nos: «Inaugura sábado, dia 23 de Novembro pelas 16h00, a minha exposição individual Between lights and shadows, no Centro de Arte e Cultura da Fundação Nossa Senhora da Esperança, em Castelo de Vide.»
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