Ser-se novo é ter o mundo todo pela frente. Mas ser-se novo é, também e tantas vezes, o ser capaz de ter outro modo de encarar o futuro, construindo-o, o que nos mais antigos se esmorece… E isso pode ser – na verdade, é! – vital para que outro futuro aconteça, muito para além de algum triste fado que se espera, desesperando. Neste sentido, na nossa próxima sessão das Noites com Poemas teremos Luís Perdigão, apresentando o seu livro de poemas E se o futuro for hoje?
O Luís Perdigão é um costumeiro companheiro das Noites com Poemas, onde não raras vezes nos surpreendeu com a sua poesia e o seu modo, tão peculiar quanto apropriado, de a dizer. Para enriquecer a sessão, contaremos também com o Coro da Assembleia da República, dirigido pelo maestro Afonso Granjo, de quem deixo público agradecimento pela pronta disponibilidade manifestada.
Esta sessão conta com a presença de Luís Perdigão e o Coro da Assembleia da República, como ficou dito, e terá lugar no dia 29 de Março de 2018, pelas 21h30, no TEMPLO DA POESIA – PARQUE DOS POETAS, em Oeiras. Como habitualmente, esta sessão decorre sob a égide da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras e com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras
Formado em maio de 2005, conta, desde o início, com a orientação do Maestro Afonso Granjo, que integra o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, e é, actualmente, composto por 20 elementos.
O repertório do Coro abrange música de caráter tradicional e erudito, que vai desde o período renascentista até aos nossos dias.
O Coro tem desenvolvido a sua actividade quer na Assembleia da República, quer fora, em Portugal e no estrangeiro, designadamente junto de outros parlamentos de língua portuguesa, como nas Assembleias Legislativas dos Açores e da Madeira, na Assembleia Nacional de Cabo Verde, na Assembleia Legislativa de Goa e na Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe. Participa ainda em concertos de beneficência ou outros, aceitando os convites que lhe são dirigidos.
Terá lugar, no próximo sábado, dia 23 de Março, pelas 15h30, no Auditório César Batalha, no Alto da Barra, em Oeiras, o Colóquio Mulheres de um novo mundo, numa iniciativa da Espaço e Memória com entrada livre.
Com a devida vénia, aqui fica uma abordagem poética de Fátima Camilo:
Miranda
Cheiros, sabores, paisagens emoções que vivenciei um misto de ontem e de hoje com elas ri e chorei
Com o cheiro do serrim da tanoaria foi meu pai que me veio à lembrança na serração, partilhávamos o almoço que eu lhe levava na cesta, em criança
Do lado onde tudo interessa brotam flores de amendoeira não falta vitela, nem posta nem os grelos com alheira
Douro acima, Douro abaixo Onde arribas rasgam o ar há fraguedos e recantos, que têm muito p’ra contar
Cada um deu à viagem um pouco do melhor que tem Distracções, quedas, parvoíces, Atrasos, paródia e gargalhadas até S. Pedro que nos aguardava nos deu as boas-vindas molhadas!
Mário Piçarra, nosso companheiro, amigo e associado deixou-nos. Concluíra, recentemente, um cd com 12 temas, que dedicara a seu pai, o conhecido tenor Luís Piçarra, e à sua tia, Maria José Ramil Figueiredo, bióloga e poetisa, que teve um papel fundamental para o seu regresso à música e às canções, cd esse com o título genérico de CLARIDADE, documento primordial para apreciarmos e entendermos as suas vertentes de compositor e intérprete.
Claridade era, também, uma obra que Mário Piçarra dedicara à sua filha Clara e às duas netas, Sara e Maria, os encantos dos seus dias.
Em homenagem, aqui deixamos um texto de preâmbulo deste cd, da autoria de Jorge Castro:
Ao Mário Piçarra
De frente para o mar, num sol poente onde a linha do horizonte escurecia, de olhos postos na lonjura e na distância, uma vida atrás do olhar se embevecia.
E sorvia de uma brisa um vendaval, em cada onda o fragor de uma utopia, de um sargaço a sugestão de algum abraço e, assim, ao rés do mar, acontecia.
O Mário e o mar, de onde lhe chegam os ecos do mundo todo, sonoridades de guitarra portuguesa em simbiose com dolências crioulas, envolvidas por fragrâncias campesinas e rumores de regato montanhoso, a evocar uma canção de protesto ou um grito de humanidade.
Os amigos amou e, daí, tantas vozes se pressentirem entrecruzando a sua, melodia a melodia, poema a poema, em cadências, entoações, e sempre livre…
Eis o homem, de olhar atento e em cada dia voltando a nascer, teimosa e porfiadamente, com um novo alento de CLARIDADE.
– Jorge Castro
E se um homem é imortal enquanto a sua memória, nalgum lugar, for invocada por alguém, em nós permanecerá, então, essa responsabilidade que assumimos.
de 27/06 até 26/07/2025 - sob a égide da nossa associada, Margarida Farrajota, encontra-se patente no Forte de São Bruno a exposição «Imersão: Um Percurso Histórico». De segunda a sexta-feira, das 14h às 19h e até ao próximo dia 26 de Julho.
2025-07-06 - Como sempre, sob a dinamização de Ana T. Freitas, a próxima sessão de um poema na vila, em Coruche iremos ter O Império da Poesia, o nosso tema da sessão de Julho que acontecerá no dia 6, às 15h, na Galeria do Mercado Municipal de Coruche e contará com a presença dePedro Miranda Albuquerque.
Comentários recentes