Conforme anunciado, decorreu no passado dia 10 de Dezembro, no Hotel Real Oeiras, a nossa confraternização de Natal.
Momento alto da vida da nossa Associação, congratulamo-nos por, desta vez, termos contado com perto de uma centena de associados e alguns amigos, circunstância que não deixa de ser um motivo de incentivo para o futuro e regozijo pelo presente.
A este almoço seguiu-se a exposição, na nossa sede, da colecção de objectos com memória, que constituiu o acervo disponibilizado pelos nossos associados para a realização do nosso livro anual que, por isso mesmo leva o nome de Palavras e Objectos com Espaço e com Memória – 2022 e que se encontra disponível para os nossos associados que nele estiverem interessados.
Com os nossos votos de Boas Festas e de um Novo Ano pleno de boas e felizes realizações, aqui deixamos uma «colecção» de fotografias obtidas nas duas iniciativas, não apenas para memória futura mas como curiosidade no presente, também.
As fotografias são da autoria de Eduardo Martins, Fátima Camilo, Guilherme Cardoso e Lídia Castro, a quem muito agradecemos pela cedência.
A MAPA e a Espaço e Memória celebraram, no passado dia 27 de Novembro, em Oeiras, Adriano Correia de Oliveira, pelas mãos e sentires de João Paulo Oliveira e Jorge Castro. No auditório da Casa da Malta muito confortavelmente preenchido, teve, então, lugar mais essa homenagem… porque nunca serão demais. E tal como encerra o texto de Samuel Quedas que foi apresentado também nesta celebração, diremos: Que viva o Adriano! Sempre!
A pedido, aqui se publica o poema da autoria de Jorge Castro e dedicado a Adriano, com que foi encerrada a sessão:
ao Adriano
não sei cantar para ti como cantaste numa noite coimbrã de fogo aceso corações eles foram tantos os que tocaste tal o meu também voando estando preso
vens de um tempo de afrontas sufocadas de grilhões prendendo mãos e pensamento nesse tempo em que ao som de guitarradas descobrimos ser tão livres como o vento
era um tempo de combate e as duras pedras já cantavam na tão velha escadaria era negra-negra a noite e as capas negras mas em cada olhar a esperança renascia
na denúncia do algoz soltando amarras como arauto no combate à força bruta a tua voz na plangência das guitarras ia unindo a alma e o corpo à mesma luta
era de Maio a cor que então cantavas ou de Abril naquele Inverno descontente e o calor de rubras flores com que voavas era o azul de um novo céu de nova gente
eram cores e sons de Abril que já trazias num assombro de poesias perturbadas e cantavas naus giestas e alegrias que fazias ser em nós gume de espadas
à razão deste voz que não se guarda pressentindo um pulsar que se inquieta foste o canto a arma e a mão que não se atarda o percurso firme e tenso de uma seta
ao canto deste a vida e foste esperança conjugaste em tom diverso o verbo dar e adivinho o Adriano na criança que ali corre vida fora junto ao mar
porque somos apenas de terra e barro já partiste irmão maior mas entretanto se nas cinzas se amortalha o teu cigarro fica em nós presente o grito do teu canto.
Com os nossos agradecimentos aos nossos associados Lourdes Calmeiro e José Manuel Fânzeres que, amavelmente, disponibilizaram as imagens das nossas iniciativas que ocorreram ao longo do dia, aqui ficam testemunhos desses diversos momentos:
Sessão de abertura no Auditório Municipal César Batalha, em iniciativa com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras (fot. JM Fânzeres)Quarteto Zlatna – uma excelente prestação (fot. Lourdes Calmeiro)Quarteto Zlatna – Pedro Figueiredo e Ana Dimitrova (violinos) (fot. Lourdes Calmeiro)Quarteto Zlatna – Alice Gorjão (viola) e Ester Santos (violoncelo) (fot. Lourdes Calmeiro)Quarteto Zlatna (fot. Lourdes Calmeiro)Quarteto Zlatna (fot. JM Fânzeres)Apresentação do Coronel Carlos Matos Gomes, um capitão de Abril (fot. Lourdes Calmeiro)Coronel Carlos Matos Gomes, numa memorável evocação de Abril (fot. de Lourdes Calmeiro)Coronel Carlos Matos Gomes (fot. de JM Fânzeres)Os agradecimentos da Espaço e Memória à disponibilidade e empenho do Coronel Carlos Matos Gomes (fot. de FM Fânzeres)Sessão de poemas e canções de Abril com Jorge Castro e João Paulo Oliveira (fot. de JM Fânzeres)João Paulo Oliveira (fot. de JM Fânzeres)O nosso hino – Grândola Vila Morena -, entoado pelos presentes (fot. de Lourdes Calmeiro) Encerramento cantado desta sessão (fot. de Lourdes Calmeiro)A festa continuou num almoço-convívio no restaurante Sabores da Marquesa, na Quinta de Cima do Palácio do Marquês, em Oeiras (fot. de Lourdes Calmeiro)Após um almoço, cavaqueira e um solzinho… (fot, de JM Fânzeres)O auditório da nossa sede, já bem preenchido no início da sessão da apresentação do livro «Isto, agora, são outros 70…», da autoria de Jorge Castro (fot. de Lourdes Calmeiro)Início da apresentação a cargo de Alexandre Castro, responsável pela paginação e design (fot. de Lourdes Calmeiro)Alexandre Castro (fot. de JM Fânzeres)Jorge Castro explicando a génese deste projecto, com imagens de 1971 a Maio de 1974, de sua autoria (fot. de Lourdes Calmeiro)A fotógrafa (fot. de JM Fânzeres)A obra e as dedicatórias (fot. de JM Fânzeres)Dos cravos aos instrumentos com que aquele concerto foi tocado (fot. de Lourdes Calmeiro)Dedicatória (fot. de JM Fânzeres)E mais um Abril que se cumpriu (fot. de JM Fânzeres)
Também Eduardo Martins nos fez chegar algumas imagens da actuação do Quarteto Zlatna:
Aí temos, de novo, Abril e, como vem sendo nossa tradição, a Espaço e Memória organiza e propõe-vos uma sessão evocativa desse dia «… inicial inteiro e limpo/ onde emergimos da noite e do silêncio», como nos dizia Sophia.
Esta nossa sessão terá lugar no próprio dia 25 de Abril, com início pelas 10 horas da manhã, no Auditório Municipal César Batalha, em Oeiras (no Centro Comercial Alto da Barra).
Eis o programa desta evocação:
10h00 – Abertura e breve alocução inicial, por Joaquim Boiça;
10h15 – Apresentação do quarteto de cordas Zlatna, interpretando trechos de Beethoven, Rachmaninoff e Mendelssohn (constituído por jovens que serão os nossos «filhos da madrugada»);
11h00 – Intervenção do Coronel Carlos Matos Gomes, um dos homens de Abril;
12h00 – Jorge Castro, com poemas de Abril, e João Paulo Oliveira (voz e guitarra clássica) com canções alusivas ao dia;
12h45 – Encerramento.
Para quem esteja interessado e se inscreva, independentemente de ter estado ou não na sessão da manhã, seguir-se-á um almoço de convívio, pelas 13h30, que terá lugar no restaurante Os Sabores da Marquesa, na Quinta de Cima do Palácio do Marquês.
O restaurante abrirá propositada e exclusivamente para os associados da Espaço e Memória, pelo que se torna absolutamente imprescindível que possamos confirmar o número de inscritos. Tal deve ser feito através do geral@espacoememoria.org, até ao próximo dia 20. O custo do almoço rondará os quinze euros.
Se os ventos correrem de feição, haverá ainda uma surpresa para a tarde, a decorrer na nossa sede… Mas isso apenas poderemos confirmar mais sobre a data.
No próximo dia 08 de Março (próxima terça feira), como primeiro passo de uma série de iniciativas que pretendemos relançar com regularidade, iremos comemorar o Dia Internacional da Mulher.
Esta celebração ocorrerá a partir das 19 horas e terá lugar no Chá da Barra (junto ao Palácio do Egipto), em Oeiras.
Como convidada contaremos com Helena Neves, feminista, professora universitária e investigadora nas áreas de Filosofia, Sociologia, Estudos sobre o Género e História de Movimentos de Mulheres, que foi, também, deputada parlamentar do Bloco de Esquerda de 1999 a 2002.
À conversa com a nossa convidada seguir-se-á um jantar de convívio.
O acesso, atendendo à dimensão da sala – 48 pessoas será o limite máximo – , está dependente de prévia inscrição, que deverá ser efectuada através do geral@espacoememoria.org, até ao próximo dia 04 de Março.
2025-05-11 - Como sempre, sob a égide de Ana T. Freitas, a próxima sessão de um poema na vila, em Coruche:
Maio, mês das flores. E desejamo-lo promissor. Tal como o nosso tema a poesia no amor para a próxima sessão de um poema na vila, que vai acontecer no próximo dia 11 de Maio, às 15h, na Galeria do Mercado Municipal de Coruche. Contamos consigo.
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