Com os votos de que todos se encontrem bem, estamos a fazer chegar ao vosso conhecimento a legislação e informação geral que recebemos do Gabinete de Acção e Desenvolvimento Social (Câmara Municipal de Oeiras), com pedido de divulgação:
Read MoreAutor: Jorge Castro
Contra o vírus Corona canalha
– destinada ao dia em que a Constituição Portuguesa cumpre
o seu 44º aniversário, reconstruí a letra desta canção, a ser trauteado com a música do hino «Venceremos», do tempo do Salvador Allende, divulgada por cá pelo Samuel, e que poderá,
assim espero, constituir uma breve panaceia para a clausura:
Com a máscara que nos protege
com o gel de lavar cada mão
com o rabo sem sair de casa
lutaremos contra a infecção
mas se o vírus continuar teimoso
prolongando a nossa reclusão
nascerá outro dia radioso
… nem que seja lá mais para o Verão
Refrão:
Venceremos, venceremos
com as luvas que temos na mão
venceremos, venceremos
o Corona filho de um cabrão (bis)
contra o vírus Corona canalha
que nos invade de norte a sul
nesta guerra em que não há metralha
que não nos falte o sabão azul…
E depois de passar esta crise
a darmos de alegria pinotes
lembremo-nos de quem mais precise
e cuidemos dos nossos velhotes…
(Espero que o Samuel me perdoe este dislate, mas tanto confinamento não deixa de me provocar perturbações nalguns neurónios…)
E, não nos esqueçamos, para o bem de todos, que a Constituição Portuguesa não está de quarentena!
Jorge Castro, em 02 de Abril de 2020
Read MoreAutora: Fátima Camilo
Cá me vou acantonando
vendo os dias a passar
do quarto para a cozinha
e para a sala de jantar
dou um salto à varanda
ver o que é preciso regar
passo pelo WC
também tenho de aliviar
fico depois no escritório
porque estou a trabalhar
quando chega o fim do dia
lá vou eu desinfectar
puxadores e maçanetas
e o que mais possa tocar
mais a roupa para a máquina
que não pára de lavar
chega a hora das notícias
nada de bom a registar
valha-nos a música grátis
que a TV está a passar
o teatro e bons momentos
é a net a disponbilizar
e com toda esta azáfama
está a noite a chegar
isto é mesmo um sufoco
até já me falta o ar
e passou-se mais um dia
fiquem bem, vou-me deitar!
– Fátima Camilo, em 29-03-2020
Read MoreAutor: Eduardo Martins
Boa tarde,
Faz hoje, segunda feira 30 de Março, (de 2020…) uma semana que não ponho o pé na rua… e nessa altura foi para ir à farmácia comprar os remédios “vitalícios”, a que me sinto obrigado desde 2016… Enfarte “oblige”…
Entre outras actividades mais prosaicas, tenho lido, dormido, comido, bebido… feito uns jogos no computador, e ontem, Domingo 29 de Março, por acaso, vi na TV duas coisas interessantes, por motivos diferentes:
Na RTP3, pelas 13 h, um episódio de “História a História”, em que o Fernando Rosas, falava sobre a “Pneumónica”. Achei curioso comparar o que aconteceu em 1918, com a situação actual, a mais de um século de distância…
Na TVI, pelas 15 h, a gravação dos Concertos de 2016, que o António Zambujo e o Miguel Araújo, deram em 28 sessões nos Coliseus de Lisboa e Porto…
Eu por acaso, tive a sorte de assistir ao 2º Concerto no Coliseu de Lisboa, ainda não se sabia quantos ia haver…
Depois de (re)ver o Concerto, na televisão, lembrei-me que na ocasião tinha escrito um coisita alusiva, que fui procurar… e que pelos vistos esteve a aboborar durante alguns meses. Não tenho a certeza se na altura foi alguma vez publicada… Aqui vai ela, portanto, agora
destinada à “Quarentena Assintomática” que a EMACO vai “blogando”.
Mas já agora, se tiverem oportunidade, se quiserem saber mais sobre a “Pneumónica” ouse gostarem de “ouver” os “UJOS”, ponham as “boxes” a fazer marcha atrás, e vejam aqueles programas, , para ajudar a passar o tempo, oh Enclausurados do Vírus…
OS “UJOS”
O António, que é Zambujo,
e o Miguel, que é Araújo,
pegaram nos talentos
que são seus,
e ala! para os Coliseus!
Ali passaram bons momentos,
com pessoas que aos milhares,
encheram todos os lugares,
ouviram conversas e escutaram canções,
(até do Max, a “Rosinha dos Limões”!)
E estes concertos, tipo conversa informal,
mas muito profissional,
somaram muito mais que dezassete,
sempre com o “Pica do Sete”,
e mais outras “Romarias”,
tantas trauteadas melodias…
e “Recantigas”,
umas mais novas,
outras mais antigas…
Até “Baladas Astrais”!
E as “Outras…” que são de mais,
com os seus “Maridos…”,
sempre, sempre, muito queridos…
menos naquele instante,
em que apanhados em “Flagrante”,
vão porta fora de “Lambreta”,
que elas já não suportam tanta peta…
E assim voaram duas horas,
nas “Portas de Santo Antão”
entre palmas sem demoras,
no fim de cada canção,
e sempre a chorar por mais,
“Só mais uma! Só mais uma, vá lá…
Porque para vocês, oh pá!!!
não há mesmo, mesmo pais!!!”…
Eduardo Martins
Iniciado após o Concerto de 18 de Fevereiro de 2016,
Completado a 6 de Outubro de 2016.
Read MoreAutor: José Gabriel Duarte
ERA UMA VEZ…
Era uma vez um assassino invisível que passeava pelo Mundo, espalhando o medo e assassinando gente sem olhar a Países, raças, culturas, religiões ou classes sociais.
Mas esse assassino ao mesmo tempo que ia encontrando pela frente guerreiros quase sem armas que lutavam nas frentes de batalha tentando salvar vidas, desconhecia que outros soldados na rectaguarda tentavam desesperadamente inventar uma nova arma capaz de o rechaçar.
O Mundo apesar de ir ficando cada vez mais doente foi resistindo durante
meses, até que a tal arma foi inventada. O assassino começou então a
enfraquecer até que foi feito prisioneiro.
Ficavam para a história desse período o elevado número de assassinados, os danos sociais e materiais que a doença provocou, e acima de tudo a glória dos desconhecidos e bravos heróis que honrosamente o defenderam, muitos deles dando a própria vida.
José Gabriel Duarte, em 29-03-2020
Read MoreAutora: Ana Gaspar
Olá! Eu sou a Ana Maria Gaspar, vivo em Oeiras, mas nesta altura fugi de Oeiras. Tenho uma casa numa aldeia no sopé da serra de Montejunto e resolvi vir para cá. Além de ter aqui a viver a família chegada, estou muito menos presa do que se estivesse em Oeiras. Aqui da minha janela vejo a serra de Montejunto e um terreno grande livre de casas e de gente onde os meus olhos não se sentem tão presos como se estivesse no apartamento de Oeiras. Lamento, queridos amigos oeirenses.
Estou em teletrabalho e vou uma vez por semana ao meu serviço em Lisboa. Fizemos uma escala de trabalho onde cada um de nós se desloca apenas uma vez por semana. A mim calhou-me a segunda-feira.
Teria tempo para limpar as flores de ervas daninhas e até de semear e plantar flores, legumes e o mais que fosse, não fora um problema nas articulações do joelho direito que me impede de andar durante algum tempo sem que tenha dores. Até já tinha marcado uma infiltração no joelho numa clínica da CUF que, compreensivelmente, desmarcou e voltou a desmarcar o acto clínico.
Poderia estar melhor, mas há coisas bem piores.
Agora bom, bom é saber que no piso de baixo tenho a família que me pode apoiar e também que o meu cão, o Caramelo, de quase 8 meses se porta agora muito melhor, apesar de continuar a fazer as traquinices próprias de um jovem animal. Agora tem a dona só para ele durante todo o dia e parece outro cão, menos irrequieto e sem necessidade de fazer disparates para chamar a minha atenção, sempre que chegava a casa depois de tantas horas sozinho.
Por isso, posso dizer-vos que estou a apreciar esta nova situação e, posso dizer-vos, que nunca falei/escrevi tanto a tanta gente para saber como cada um está. E todos estão bem, o que é formidável. Espero que vocês também.
Um grande abraço e até um destes dias.
Ana
PS – E faço a proposta à EMACO para – quando for possível – virmos visitar o que resta da Real Fábrica de Gelo, criada por alvará de D. José, precisamente na serra de Montejunto e que abastecia a corte e a cidade de Lisboa.
– Ana Gaspar, em 29-03-2020
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